Após atacar a meta fiscal, Lula convocou reunião para “discutir reforma tributária”, sinalizando de novo que ele define a reforma e não Haddad. (Foto: Flickr/Planalto)
Cláudio Humberto
Lula convidou jornalistas amigos para inesperado café da manhã, dias atrás, para se certificar da repercussão do ataque que faria ao “déficit zero” do ministro Fernando Haddad (Fazenda). Não foi convicção ou por falta dela: velhos petistas que conhecem a alma de Lula dizem que queria mesmo desautorizar e sobretudo “cortar asas” de Haddad, cujo protagonismo o deixa enciumado. “Lula conseguiu o que queria”, disse um petista histórico de São Paulo, “mostrar que é ele quem manda”.
Minha reforma
Após atacar a meta fiscal, Lula convocou reunião para “discutir reforma tributária”, sinalizando de novo que ele define a reforma e não Haddad.
A bola da vez
Nos 43 anos de existência do PT, Lula sufocou todas as lideranças que poderiam rivalizar sua liderança. A bola da vez foi Fernando Haddad.
Engolindo sapo cru
Apesar da humilhação, em vez de pedir o boné, Haddad optou por hostilizar jornalistas com perguntas incômodas, de olho na sucessão.
Nem precisava
No PT, a certeza é que Lula foi instigado contra Haddad pelo chefe da Casa Civil, Rui Costa, também pré-candidato. Mas nem precisava.
Governador do Piauí Rafael Fonteles já é tratado como turista por viagens pelo mundo bancadas pelos piauienses. Fotos: Reprodução Tiktok
Governador turista custa muito caro ao Piauí
O roteiro internacional do governador Rafael Fonteles (PT) não cabe no bolso da maioria da população do Piauí, com 44,7% em condição de pobreza (IBGE). Foram 13 viagens em sete meses para países como Suécia, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e até Vaticano, sempre em hospedagens de luxo (ou não seria petista). Passagem de primeira classe para Tóquio, onde Fonteles passeou, custa entre R$99,2 mil e R$110,1 mil. Dobrados, feito tapioca: ele viaja com a primeira-dama.
Bons vinhos
Um dos destinos mais baratos seria seu pulinho em Veneza (Itália): o custo de cada bilhete varia de R$16,7 a R$69,1 mil. First class, claro.
Pegar ou largar
Para Pequim (China), não tem negociação. A primeira classe é vendida por R$89,8 mil. Espanha e Alemanha têm preços similares, R$69 mil.
Vida de sheik
Para seguir os passos do governador no Catar, os bilhetes partem de R$70,2 mil e chegam aos astronômicos R$103,6 mil.
PF para o Itamaraty
A Polícia Federal fez mais pelos 34 brasileiros em Gaza do que o Itamaraty, ao desmantelar planos terroristas do Hezbollah contra judeus no Brasil. A gratidão de Israel à PF e sua demonstração de autonomia em relação ao governo do PT pode destravar a saída dos brasileiros.
Explica aí, turista
A revelação da coluna de que o Brasil está sem embaixador no Catar há 2 anos, comprometendo a interlocução em Gaza, fez o deputado Evair de Melo (PP-ES) pedir explicações ao chanceler Mauro Vieira.
Vulgaridade pedante
Virou piada entre diplomatas Lula mandando o chanceler “falar duro” com Israel sobre brasileiros de Gaza. Lembrou a “vulgaridade pedante” que definia o Conselheiro Acácio, personagem de Eça de Queiroz. Não é culpa de Israel e sim do governo do PT passando pano em terrorista.
Milei avança
Nem a mãe do libertário Javier Milei acreditaria que ele virasse dez pontos de vantagem sobre o peronista Sérgio Massa, ministro da Economia do governo corrupto que arrasou a economia da Argentina.
Explicações
O deputado André Fernandes (PL-CE) é o autor do requerimento aprovado para que a Margareth Menezes (Cultura) explique os R$6,8 milhões para artistas ativistas que em 2022 atacaram Bolsonaro.
Protesto contra racistas
Esquentou o clima na Comissão de Direitos Humanos quando Abílio Brunini (PL-MT) interrompeu a sessão após ver cartazes com ataques a Israel. “Não fui eleito para me calar ou ser omisso”, disse o deputado.
Roda sempre presa
Não entrou na pauta de ontem do Senado a última sessão do rito para liberar a votação da proposta que limita decisões monocráticas no STF. Rodrigo Pacheco, o roda-presa, deve pautar o projeto para o dia 21.
Vitória magra
A aprovação da reforma tributária em primeiro turno foi mais magra do que o governo esperava. Foram 53 votos “sim” dos 49 necessários. O líder do governo Jaques Wagner (PT-BA) alardeava 55 votos.
Pergunta aos isentões
Terrorista escondido em ambulância é terrorismo?
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO