Ministro Fernando Haddad (Fazenda) e presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)
Claudinei Abreu
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanhado de outros ministros, anunciou um corte para 2025 de R$ 25,5 bilhões em benefícios sociais.
A Previdência Social já pretendia começar em julho a convocar beneficiários do auxílio-doença e de aposentadorias por invalidez. O governo também irá revisar o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas de baixa renda.
“Nós já identificamos, e o presidente autorizou levar à frente, R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias que vão ser cortadas depois que os ministérios afetados sejam comunicados do limite que vai ser dado para a elaboração do Orçamento 2025”, falou Haddad.
A declaração foi dada na última quarta-feira (3) ao lado dos ministros, Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), após reunião com Lula para discutir formas de reequilibrar o orçamento.
O anúncio vem após dias de turbulência nos mercados diante da crescente desconfiança dos agentes econômicos quanto ao comprimento do governo de suas regras fiscais vigentes. “A primeira coisa que presidente determinou é: cumpra-se o arcabouço fiscal. Não há discussão a esse respeito”, disse Haddad em entrevista coletiva no palácio do planalto. Isso significa, segundo o ministro, que o governo irá segurar despesas já em 2024 para alcançar a meta fiscal e respeitar o limite de gastos.
As contenções devem ser formalizada dia 22 de julho, quando será divulgado o relatório de avaliação do Orçamento deste ano. “A determinação […] é que o arcabouço seja preservado a todo custo, o que significa dizer que o relatório de julho pode significar algum contingenciamento e algum bloqueio, que serão suficientes para que o arcabouço seja cumprido” declarou.
DIÁRIO DO PODER