Em 1890, o escritor Aluísio Azevedo já denunciava a condição de vida precária de moradores de cortiços no Rio de Janeiro. Mais de 130 anos depois, uma cidade baiana tem o segundo maior contingente de pessoas vivendo nessas moradias do Brasil. Trata-se de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, que viu seu número de habitantes explodir nos últimos anos. Os dados fazem parte do Censo 2022 e foram divulgados nesta sexta-feira (23).
Por lá, 2,8% da população de 107 mil habitantes reside em ‘casas de cômodos’ ou cortiços. São cerca de 3 mil pessoas. O que caracteriza essas moradias, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), são os cômodos que funcionam como domicílios. Na dramaturgia, locais como esses foram retratados em Ó Paí, Ó. Na série e nos filmes, os moradores vivem no cortiço de Dona Joana.
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