Caso ganhou repercussão até na Câmara Legislativa do Distrito Federal
Livros distribuídos para crianças de apenas quatro anos de idade em um jardim de infância em Brasília, no Distrito Federal, revoltaram os pais por conta do conteúdo obsceno presente nas obras. A publicação não faz parte do material didático utilizado, mas teria sido entregue por um artista local durante a semana de arte da instituição de ensino.
– Eu não acreditei quando eu vi aquelas imagens, sabe? Uma mulher com seios à mostra, em uma posição obscena. Para ser mais específico, em uma posição de quatro, no mundo adulto, né? Eu achei uma cena muito forte para uma criança de quatro anos ter que pintar – disse um dos pais ao site Metrópoles.
Segundo o veículo, cada criança teria recebido um livro diferente, mas diversos responsáveis se sentiram escandalizados com as imagens vistas por seus filhos. Em um grupo no WhatsApp, a diretora do jardim de infância reconheceu o erro, pediu desculpas e informou que irá cobrar mais atenção por parte dos professores quanto aos livros oferecidos para as crianças.
Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEDF) disse “que adotará todas as providências pertinentes para verificar o ocorrido no Jardim de Infância de 302 Norte”. A direção da escola, por meio de uma carta aos pais, alegou que a questão foi “um grave descuido” e disse que o problema foi registrado em apenas cinco das 170 revistinhas distribuídas para as crianças.
DEPUTADO DENUNCIA CASO
Com a repercussão do caso entre os pais, o assunto foi parar no Parlamento do Distrito Federal. Na sessão da última quarta-feira (27), o deputado Thiago Manzoni (PL), da Câmara Legislativa do DF, denunciou o material distribuído no jardim de infância e reclamou da violência visual e da sexualização precoce que as crianças têm sofrido.
– É pior do que só a sexualização precoce, é uma perversão nojenta, nociva, lesiva às nossas crianças – protestou.