Na mesma entrevista, presidente da Câmara afirmou que não pode se comprometer com a reforma tributária
Arthur Lira Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Nesta segunda-feira (12), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que perguntou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva se haveria a possibilidade de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ir para a Casa Civil no lugar do ministro Rui Costa, e o secretário-executivo da pasta, Gabriel Galípolo, ser o ministro da Fazenda. Lira admitiu que teve a conversa com Lula há uma semana, mas que o presidente rejeitou a ideia.
– A partir daí, conversa sobre ministério cessou – contou Lira.
De acordo com o presidente da Câmara, Haddad continuará no comando da Fazenda e Galípolo, será diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), conforme indicação do governo ao Poder Legislativo. Ainda assim, Lira defendeu Haddad como articulador político.
– Haddad conversa, negocia e é franco nas conversas; isso é articulação – afirmou em entrevista ao Jornal das 10, da GloboNews.
De acordo com o Estadão, Lira sonha em ter Haddad, com o qual tem bom relacionamento, à frente da Casa Civil e Galípolo seria um nome para comandar a Fazenda.
REFORMA TRIBUTÁRIA
Arthur Lira reconheceu que não pode se comprometer com a aprovação da reforma tributária, mas que o Regimento Interno da Casa permite que a votação vá diretamente para o plenário, sem passar por comissões.
– Não posso me comprometer com resultado de aprovação de matéria como essa, que está aí há 60 anos – disse.
Ele afirmou que terá uma reunião sobre a reforma na quarta (14), com o relator da proposta na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), e o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, além de líderes partidários, para discutir os prazos de entrega de um “texto pormenorizado”.
– Nosso compromisso é tratar com muita firmeza em junho e na primeira semana de julho e trabalhar para alcançar quórum” – disse.
De acordo com Lira, a reforma tributária já cumpriu todos os prazos regimentais e, por isso, pode ser levada diretamente para o plenário.
*AE