Lira-dependência definirá o projeto da Censura: governo não tem votos

Destaque

Arthur Lira e Lula Foto: Ricardo Stuckert.

Cláudio Humberto

Para se ter ideia da dependência do governo Lula em relação ao deputado Arthur Lira (PP-AL), a aprovação do projeto das fake news ou “Projeto da Censura” dependerá da votação definida pelo presidente da Câmara. O governo não tem votos suficientes. Como é projeto de lei ordinária, será deliberado por maioria simples, sem quórum qualificado, Lira poderá fazer “votação simbólica”, tipo “deputados favoráveis permaneçam como estão, aprovado”, ou optar por fortes emoções.

Roendo unhas

Fortes emoções estarão garantidas caso Arthur Lira se defina pela votação nominal, em que cada voto é registrado no painel eletrônico.

Opção do plenário

Outra possibilidade de votação nominal será no caso de um deputado a solicitar, mas nessa hipótese a palavra final será do plenário.

Maioria absoluta

Um Projeto de Lei complementar (PLP) requer maioria absoluta, mínimo de 257 votos para aprovar. Sozinho, o governo não tem tantos votos.

Quem avisa…

Ao receber projetos do governo, Arthur Lira advertiu para a necessidade de o governo construir sua bancada, mas Lula preferiu viajar.

Sede da Petrobras – Foto: Agência Brasil/Arquivo

Petrobras abdica de ser confiável e derruba ações

A confirmação do confisco de R$6,5 bilhões de parcela dos dividendos devidos pela Petrobras aos acionistas, relativos ao ano de 2022, provocou uma queda de quase 3% em suas ações ordinárias na quinta (27), apesar do bom momento das bolsas no Brasil e EUA. Em plena “datacom”, último dia para comprar ações que dão direito aos dividendos seguintes, muita gente desistiu da Petrobras. Em vez de comprar ações freneticamente, preferiram vendê-las, derrubando suas cotações.

Flanco aberto

O confisco de lucros ainda pode render ação de acionistas nos EUA por interferência política na empresa, que já pagou caro no passado.

Não é brincadeira

A Petrobras teve que fazer acordo de US$900 milhões para encerrar o processo movido por acionistas da Petrobras nos EUA após a Lava Jato.

Bilhões no ar

Em relação a abril de 2022, o valor da ação da Petrobras caiu quase 22%. Em relação ao pico de 2022, a queda já é de quase 60%.

Desconvite

Segunda maior feira do agronegócio do mundo, a Agrishow alterou o convite para abertura do evento, neste fim de semana. Sai o ministro Carlos Fávaro (Agricultura) e entra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Motociata de volta

Bolsonaro deve ter agenda pública neste fim de semana. A previsão é da volta da motociata em Ribeirão Preto, São Paulo. O governador Tarcísio Freitas vai ao evento do agro, mas não se sabe se vai a motociata.

Luiz Romeo secretário

O médico Luiz Romero Farias, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, assumiu o cargo de secretário de Saúde da prefeitura de Maceió, a convite do prefeito JHC.

Artistas

O relator Orlando Silva (PCdoB) retirou o “órgão regulador” do projeto da censura, mas não o “comitê” ligado ao governo para definir regras e códigos de conduta. Caminho perigoso para o pensamento único. “Eles não recuaram. Comunista nunca recua”, alertou Júlia Zanatta (PL-SC)

Lixo na Justiça

A taxa de lixo de Fortaleza foi parar no Supremo Tribunal Federal. O Novo pediu a suspensão da cobrança. Para o senador Eduardo Girão (CE), a lei foi criada só para aumentar a arrecadação e é inconstitucional.

Tentação

A oposição tem dedicado horas de negociação com parlamentares do Republicanos para convencê-los a rejeitar o projeto da censura. Mapeamento aponta que o partido está tentado a votar com o Planalto.

Oposição na CPMI

O Podemos indicou o deputado Maurício Marcon (RS) para compor a CPMI do 8 de Janeiro. O parlamentar, que é vice-líder da oposição, promete barulho e dor de cabeça ao governo Lula.

Menos gigante

Uma das “quatro grandes” do setor, a empresa de auditoria Ernst Young, de dimensão mundial, informou aos parceiros da empresa no Reino Unido para “se prepararem para cortes de custos e pessoal”.

Pensando bem…

…aumento para amigos do Rei sai num piscar de olhos.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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