Líder do governo no Senado quer adiar votação da PEC na CCJLíder do governo no Senado quer adiar votação da PEC na CCJ

Destaque

Carlos Portinho pretende protocolar um pedido para que seja realizada uma audiência pública

Carlos Portinho Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), quer adiar a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, também chamada de PEC do Estouro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. O início da análise da proposta está marcado para começar nesta terça-feira (6).

Portinho articula um pedido para que seja realizada uma audiência pública para discutir a PEC antes que aconteça a votação do texto e, por conta disso, a votação já não poderia acontecer nesta terça. No requerimento, o senador sugere que sejam convidados diversos especialistas da área econômica, entre eles o ministro da Economia, Paulo Guedes.

Para o senador, a PEC foi discutida de forma “açodada” e sem a participação de todos os líderes partidários. À CNN Brasil, o líder do governo declarou que é necessário que a proposta a ser apresentada pelo relator da proposição, Alexandre Silveira (PSD-MG), seja estudada para que se conheça o real impacto econômico.

– A ausência do ministro da Economia para justificar os impactos e a mínima projeção de lastro é também fundamento relevante para que se ouça economistas, afinal trata-se de dinheiro público e da economia do país – declarou.

Caso o pedido de audiência não seja aprovado pela CCJ, Portinho afirmou que alguns parlamentares que não concordam com a atual condução da PEC deve apresentar um pedido de vista – mais tempo para análise do texto em discussão antes da votação.

A PEC foi desenhada com o objetivo de retirar o Auxílio Brasil – que deve voltar a se chamar Bolsa Família – do cálculo do teto de gastos, regra fiscal que limita o crescimento das despesas públicas. De acordo com o texto, os recursos destinados ao benefício social ficarão fora da regra durante quatro anos. No entanto, a proposta prevê um gasto que pode chegar a R$ 198 bilhões fora do teto.

PLENO.NEWS

Deixe uma resposta