Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça – Foto: Tomaz Silva/ABr.
Congresso Nacional
Gastos com ‘cotão’ devem renovar recorde em 2024
No ano passado, senadores e deputados bateram o recorde histórico em despesas o “cotão”, a Cota de Exercício da Atividade Parlamentar: R$276,5 milhões, o maior valor pago na História. Até a metade deste ano, o Congresso já conseguiu torrar R$125 milhões com o cotão e deve renovar o recorde em 2024. O cotão é pago a parlamentares para ressarcir qualquer tipo de despesa; da propaganda própria ao aluguel de escritórios nos estados, e (muitas) passagens aéreas.
Recorde histórico
Tanto na Câmara (R$247,5 milhões), quanto no Senado (R$29 milhões) os recordes históricos com o cotão foram superados em 2023.
Este ano
Até junho deste ano, os 513 deputados gastaram R$109,4 milhões com o cotão e os 81 senadores, mais de R$15,2 milhões.
Esquerda e direita
Pompeo de Mattos (PDT-RS) é o deputado que mais gastou com o cotão na legislatura: R$905 mil. Vinicius Gurgel (PL-AP) é o 2º: R$901 mil.
Ação tenta legitimar calote dos Batista
O desembargador Rogério Favreto do TRF-4 marcou audiência nesta terça (30) no âmbito de ação popular de um ex-prefeito de Chapecó Luciano Buligon, incentivada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, contra a venda da Eldorado Celulose à Paper Excellence, que a comprou e pagou. Os irmãos Batista se recusam a entregar. A ação tenta legitimar mais esse calote.
Sinais do poder
Para representar o Brasil na posse do presidente do Irã, Lula escalou o vice Geraldo Alckmin. Agenda sem o glamour das Olimpíadas e bem distante de Paris (França), para onde o petista mandou a primeira-dama.
Tradução difícil
Após passar a manhã em silêncio, o Itamaraty emitiu, em português e espanhol, curta nota sobre a eleição na Venezuela, dizendo que espera “dados”. Mas em inglês a nota ficou para mais de uma hora depois.
E a situação?
Dom Carlo Maria Viganò, arcebispo que foi excomungado da Igreja Católica por fazer oposição ao Papa Francisco, chamou a abertura das Olimpíadas de “dança macabra distópica”, “feio” e “obsceno”.
Poder sem Pudor
Futurologia pessimista
As expectativas do mercado para a taxa de câmbio entre o Real e o Dólar para 2025 e 2026 subiram de R$ 5,23 para R$ 5,25, segundo o Boletim Focus, emitido pelo próprio Banco Central.
Não é piada
A Petrobras chamou a Controladoria-Geral da União para um acordo de “prevenção e combate à corrupção” 10 anos após a Lava Jato, operação desmantelada que desvendou roubo de R$19 bilhões na… Petrobras.
O culpado
Para justificar vitória do ditador Nicolás Maduro nas “eleições” da Venezuela, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) atribuiu os problemas do país a “bloqueio internacional”. Culpa do ditador, nada.
Fim de férias
Após um mês em recesso, o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma as atividades nesta semana. A primeira sessão pós férias de meio de ano está marcada para quinta-feira (1).
Pensando bem…
…nada se inventa, tudo se copia.
Quando chegou ao Senado, em 1974, o senador gaúcho Pedro Simon estreou sob o signo da dúvida: como se deveria pronunciar corretamente o seu sobrenome? A pergunta interessava até às taquígrafas. Logo no primeiro dia Simon fez um discurso, já sublinhando as frases com gestos marcantes, até teatrais. Atacava duramente a ditadura. O senador Jarbas Passarinho, governista, com ar grave, pediu um aparte. “Ouço o nobre senador Passarinho”, aquiesceu o gaúcho. “Gostaria que V. Exa. esclarecesse de uma vez por todas: afinal, como devemos chamá-lo? Símon ou Simón? Seu acento é na frente ou atrás?”. O plenário caiu na gargalhada. E Simon não respondeu.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO