Líder uruguaio contestou leniência do bloco para com a ditadura na Venezuela
Lacalle Pou Foto: EFE/ Gastón Britos
Nesta terça-feira (4), o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, voltou a se posicionar contra o regime do ditador Nicolás Maduro, da Venezuela. Desta vez, durante a cúpula do Mercosul, o conservador exigiu que o bloco econômico se posicione claramente sobre a realidade venezuelana.
– Todos aqui sabemos o que pensamos sobre o regime venezuelano, todos temos opinião clara. É preciso sermos objetivos. (…) Está claro que a Venezuela não vai se tornar uma democracia saudável, se quando há um indício de possibilidade de uma eleição, uma candidata como María Corina Machado, que tem um enorme potencial, é desqualificada por motivos políticos, e não jurídicos – declarou.
– E alguns dirão: “O que isso tem a ver com o Mercosul?”. Tem a ver porque os distintos blocos e associações do mundo alçaram sua voz a favor da democracia. (…) Creio que o Mercosul tenha que dar um sinal claro para que o povo venezuelano possa encaminhar-se a uma democracia plena, que, claramente, hoje não existe – defendeu Lacalle Pou.
Na última sexta-feira (30), a ex-deputada María Corina Machado, que gozava de proeminência no grupo de oposição ao ditador Maduro, foi condenada pela Controladoria-Geral, ficando inelegível por 15 anos.
Nesta segunda-feira (3), a União Europeia também demonstrou preocupação quanto à suspensão dos direitos políticos dos adversários políticos de Maduro.
O presidente uruguaio, Lacalle Pou, não se preocupa em fazer média ou em dizer aquilo que os presentes desejam ouvir. Em janeiro, durante encontro da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), o líder conservador contestou o discurso do presidente Lula sobre as ditaduras de Cuba e Venezuela, em uma retórico eivada de protecionismo ideológico.
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