Kassab prevê PSD elegendo 55 deputados federais em 2022

Coluna do Cláudio Humberto

PSD ESTIMA ELEGER 55 DEPUTADOS

Articulador político hábil, Kassab aposta em bancada numerosa com 55 deputados federais e uma dezena de senadores. Foto EBC

Apesar da pretensão inicial de disputar vaga no Senado, o ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, não será candidato a coisa alguma, mas já se pode prever que já é dele o protagonismo nas eleições de 2022. Articulador político hábil, fez apostas promissoras que o tornam confiante em que o PSD elegerá bancada numerosa no Congresso, com 55 deputados federais e uma dezena de senadores.

Apostas estaduais

Nas disputas por governos estaduais, as principais apostas de Kassab são Geraldo Alckmin, em São Paulo, e Alexandre Kalil, em Minas.

Inventor na política

Foi obra do ex-ministro e ex-prefeito de São Paulo a invenção da candidatura presidencial de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.

Ele não será vice

Pacheco já não pensa em outra coisa, apesar de 0% nas pesquisas, mas Kassab avisa: ele não é candidato a vice de ninguém.

Faca nos dentes

Em geral comedido, Kassab mostra a faca nos dentes quando se refere ao “negacionista” Bolsonaro e ao “exibicionista” João Doria.

João Doria, candidato do PSDB a presidente, durante seu discurso da vitória nas prévias do PSDB.

Prévias fizeram de Dória o candidato do novo

O gaúcho Eduardo Leite dizia representar a juventude tucana, nas prévias, mas se uniu à velha guarda do PSDB para tentar derrotar João Doria na disputa pela candidatura à presidência da República. Porém, foi o governador de São Paulo quem, na campanha, recebeu o suporte de uma equipe predominantemente jovem, na qual se destacam nomes como o deputado Cauê Macris, 38, atual chefe da Casa Civil do Palácio Bandeirantes, e Cleber Mata, 41, secretário de Comunicação Social.

Grupo dos sete

Destacam-se também no “grupo dos sete” figuras como Luiz Fernando, 44, prefeito de Jundiaí, e Daniel Braga, especialista em redes sociais.

Time dos 47

Fred Guidoni, 47, ex-prefeito de Campos do Jordão, tem a mesma idade do vice-governador Rodrigo Garcia, outro destaque na equipe.

Amigos do João

Orlando Morando, prefeito de São Bernardo, é um líder desse suporte. Como os demais integrantes do grupo, tratam Doria apenas por “João”.

Novo vexame

A CCJ do Senado votará na penúltima semana do ano um projeto de lei que flexibiliza registro, posse e comercialização de armas de fogo. Está na gaveta desde 2019, após aprovação na Câmara. Que vexame.

Holofotismo é doença

Ao rejeitar a visita de senadores de oposição brasileiros, a Corte Internacional de Haia mostrou que não aceita oportunismo barato. A Corte julga crimes de guerra, e genocidas de verdade.

Pura coincidência

Nunca ocorreu a audiência da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado sobre o megavazamento de dados de 223 milhões de brasileiros, em janeiro. Após ataque ao Ministério da Saúde, o oportunismo político prevaleceu e foi marcada para esta quarta (15).

Apenas gestão

O prefeito de Pilar (AL), Renato Filho, faz o milagre da multiplicação de dinheiro público: constrói um hospital para 180 pessoas com recursos próprios, com direito a um robô cirúrgico de quase R$10 milhões.

Maioria otimista

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria revelou que 70% dos brasileiros acreditam que a economia está ruim (23%) ou péssima (47%), mas o otimismo também cresceu: 34% acham que vai melhorar.

Adeus corona

A média de mortes por covid completou uma semana abaixo de 200 e a previsão é de redução maior nas próximas semanas, com a queda de casos, abaixo de 8 mil por dia pela primeira vez em 19 meses.

Não é alta demanda

Presidente da Associação da Indústria Têxtil, Fernando Pimentel quer o fim das altas na Selic para poupar a economia. A inflação, diz, resulta “dos problemas na rede de suprimentos e majoração das commodities”.

Ganância imparável

O início do mês não foi diferente da maioria dos outros ao longo do ano. O índice Ticket Log, com dados de 21 mil postos, teve uma alta de 7,2% no diesel. O aumento é de 49% em relação a novembro de 2020.

Pergunta nas pesquisas

Já que está tudo acertado e nem precisa ter eleição em 2022, que tal começar de uma vez a campanha de 2026?

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

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