Justiça Eleitoral custa ao país R$27 milhões por dia

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Sobram razões para acabar essa sangria, que torrou meio bilhão de reais na sede suntuosa do TSE em Brasília. Foto: Marcello Casal Jr/ ABr
Cláudio Humberto
Cláudio Humberto

Com ou sem eleição, a Justiça Eleitoral custa mais de R$9,8 bilhões anuais ou R$27 milhões por dia. E 65% vão para o sumidouro de salários altos e penduricalhos idem. Sobram razões para acabar essa sangria, que torrou meio bilhão de reais na sede suntuosa do TSE em Brasília. Ainda não se vê no horizonte da Câmara a extinção da Justiça Eleitoral jabuticaba, que só existe no Brasil, mas o presidente, Arthur Lira, avisou: “Não tenho preconceito com nenhuma pauta, da direita ou da esquerda”.

Fausto que ofende

Ex-membro do TSE confessou certa vez a vergonha que sentia ao usar gabinete de ministro com 150 metros quadrados “num país sem escolas”.

Até na garagem

O estacionamento privativo mostra como o dinheiro público foi gasto sem piedade no magnífico palácio espelhado da sede do TSE.

Para que tudo isso?

Tanto luxo para o TSE reunir sete ministros nas noites de terça e quinta: três do STF, dois do STJ e dois que têm escritórios de advocacia.

‘CPMF’ togada

Países democráticos criam comissões provisórias para realizar eleições, mas no Brasil patrimonialista virou permanente, e com poder judicante.

Presidente Jair Bolsonaro durante sua live desta quinta (29) – Foto: reprodução TV Brasil.

Aposta no confronto pode ser estratégia suicida

Nem mesmo os auxiliares mais próximos do presidente Jair Bolsonaro conseguem assimilar a estratégia, se é que há uma, de dobrar a aposta no confronto sempre que se vê sob ataque do Supremo Tribunal Federal (STF). Quando se espera que mude de atitude quando ministros exibem bíceps, até para expor o comportamento de magistrados, impensável em qualquer democracia ocidental, aí é que ele mostra irritação e radicaliza.

Vá se eleger, mané

Após 28 anos na Câmara e eleito em 2018, Bolsonaro desdenha de conselhos. Acha que ninguém lhe pode dar aulas sobre política.

É maior do que ele

Ele até concorda, sinceramente, com apelos para refrear a incontinência verbal, mas basta uma manchete para cancelar sua versão “paz e amor”.

Aposta no pior

“Não vê que o plano do STF é torná-lo inelegível?”, indaga-se um general do Planalto, para depois concluir, desolado: “Ele parece apostar nisso…”

Recém-eleito deputado federal, o maranhense Pinto do Itamaraty foi a Brasília e se hospedou na casa do deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA). Passou mal e ficou de repouso. Madeira recomendou cuidados à sua empregada e, ao chegar para o almoço, perguntou a ela como estava “o paciente”. Madeira contava que não segurou a risada com a resposta: “O Pinto? Acho que ele continua doente. Fui lá olhar e ele tá tão molinho…

Dentro das normas

Pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados, propostas não-conclusivas que recebem pareceres nas comissões sempre são analisadas pelo plenário da Casa. É o caso da PEC do Voto Impresso.

Olha a desculpa

A CPI da Pandemia marcou para a próxima quinta (12) o depoimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). A justificativa é que o nome de Barros foi mencionado por Jair Bolsonaro.

Todo cuidado é pouco

O Senado recebe na próxima semana o projeto, já aprovado na Câmara, da privatização dos Correios, a estatal decrépita de serviços postais. Senadores de oposição já estão esfregando as mãos.

Terras e terras

A deputada Joênia Wapichana (Rede-RR) agradou a oposição ao dizer que é crime invadir terras, mas somente as terras indígenas. Já nas propriedades rurais, toda invasão é estimulada.

Fake Vac

A história de que o Chile “colhe os frutos da vacinação”, ressaltando que “usam Coronavac”, não resiste aos dados do Worldometer: lá, a média de mortes caiu de 108 para 73, mas ainda é o dobro de antes da vacina.

Solução vem da crise

A falta de recursos e a impossibilidade de espalhar agentes pelo país impediu a realização do Censo 2020. Agora, Confederação Nacional dos Municípios e IBGE se uniram para trabalhar juntos e fazer o Censo 2021.

Vai repensar

O deputado Marco Feliciano (Rep-SP) parabenizou Arthur Lira por levar a decisão do voto impresso ao plenário e lamentou a falta de apoio de Rodrigo Pacheco no Senado. “Parece ser contra o clamor popular por mais transparência. Mas é inteligente e creio, irá repensar”, disse.

Redes nada sociáveis

Joice Hasselmann (PSL-SP) criticou a demora da perícia no incêndio da Cinemateca e culpou o secretário de Cultura, Mario Frias. Ele respondeu: “ainda estão ocupados tentando descobrir quem bateu na senhora”.

Pensando bem…

… 100 pedidos de impeachment contra o presidente da República é normal, mas pedido de impeachment contra ministro do STF é ofensa.

Diário do Poder

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