Magistrado usava senha com o nome do presidente
Na cadeira que foi do ex-juiz Sergio Moro, Appio tomou medidas que inquietaram a antiga força-tarefa | Foto: oto: Reprodução/Redes sociais
Durante uma entrevista à GloboNews, pouco antes de ser afastado do cargo de juiz da Lava Jato, Eduardo Appio revelou o que pensa sobre a prisão do presidente Lula.
Ao ser interpelado sobre o código “LUL22”, que usava como acesso aos sistemas da Justiça Federal, Appio disse que o fez como “protesto isolado contra uma prisão que considerava ilegal”.
O presidente Lula, durante uma cerimônia para receber o presidente do Paraguai, Santiago Peña – 16/05/2023 | Foto: Ton Molina/Estadão Conteúdo
O magistrado disse que o uso da sigla é uma “questão individual” e garantiu “não ser petista”. “Acho que o atual presidente Lula é uma figura histórica, muito importante para o país”, disse. “Erros e acertos vão ser julgados pela Justiça. O juiz fala nos autos. Eu falo no processo.”
Para embasar seus argumentos, Appio lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou “ilegal” a prisão de Lula — o STF considerou o ex-juiz Sergio Moro suspeito para atuar nos processos do petista, dinamitando as investigações contra o atual presidente.
Na cadeira que foi do ex-juiz Sergio Moro, Appio tomou medidas que inquietaram a antiga força-tarefa, como o resgate do capítulo Tacla Duran, ex-operador financeiro da Odebrecht que acusa Moro e Deltan Dallagnol — deputado cassado que chefiou o grupo de procuradores da operação.
REVISTA OESTE