Ex-presidente afirma ter sido difamado e injuriado pelo atual chefe do Executivo
Lula e Bolsonaro Foto: EFE/Sebastiao Moreira
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou uma queixa-crime contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-chefe do Executivo afirma que o petista cometeu injúria e difamação contra ele ao ligá-lo à mansão milionária do irmão de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, localizada nos Estados Unidos.
Os advogados do ex-líder do Planalto sustentam que, embora Lula não tenha citado diretamente Bolsonaro a fim de se esquivar de uma possível responsabilização, “é inegável” que o petista visava atingi-lo pessoalmente.
A defesa reitera que seu cliente não tem a ver com a mansão e que o imóvel pertence ao irmão de Mauro Cid, Daniel Cid, que tem carreira no setor de tecnologia e segurança digital. Os advogados dizem que a propriedade foi adquirida por 1,7 milhão de dólares (R$ 8,53 milhões) por Daniel.
– Resta comprovado, portanto, que o querelante [Bolsonaro] nada tem a ver com o imóvel em questão. Logo, indaga-se: qual o intuito do presidente da República com essa fala, senão a mera ofensa, leviana e falaciosa, à reputação de Bolsonaro? Está-se a ver que o querelado [Lula] não teve, e não tem, qualquer limite em desqualificar o querelante [Bolsonaro], ofendendo-lhe repetidas vezes a dignidade e o decoro – diz a ação.
A declaração de Lula ocorreu durante a cerimônia de assinatura da Lei Paulo Gustavo, em maio deste ano, em Salvador, Bahia.
– Agora mesmo, acabaram de descobrir uma casa, uma casa de 8 milhões de dólares (R$ 40 milhões) do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente, uma casa de 8 milhões de dólares não é para o ajudante de ordem [Mauro Cid]. Certamente, é para o paladino da discórdia, o paladino da ignorância, o paladino do negacionismo – assinalou Lula à época.
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