Sessão do Plenário do TSE. Foto: Antonio Augusto/SecomTSE
Cláudio Humberto
Nos meios políticos de Brasília, há duas certezas sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A primeira é que nesta quinta-feira (22), a corte não irá julgar e sim apenas ‘oficializar’ a decisão de tornar inelegível Jair Bolsonaro. A outra certeza é que a data do ato da desforra não é casual: dia 22, não por coincidência, seria irônica ‘homenagem’ ao número do partido do ex-presidente crítico da urna eletrônica. A ‘piada’ faz a delícia de advogados petistas para quem a inelegibilidade são favas contadas.
Precedente
Também foi considerado irônico ‘tributo’ do TSE ao nº 22 do PL a multa desproporcional de R$22,9 milhões, aplicada ao partido em novembro.
Saiu caro
A multa foi arbitrada pelo TSE por “litigância de má fé” do PL, ao levar ao próprio tribunal auditoria privada sobre supostas falhas na eleição.
Favas contadas
O relator da inelegibilidade é o algoz nº 2 de Bolsonaro no TSE, ministro Benedito Gonçalves, conhecido por suas relações de amizade a Lula.
Não é ladroagem
Para banir Bolsonaro, alega-se uma reunião com embaixadores sobre urna eletrônica, logo após Edson Fachin ter feito o mesmo pelo TSE.
A primeira-dama Janja, o presidente Lula, o presidente chinês Xi Jinping e sua esposa Peng Liyuan. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Entidade condena proximidade de Lula a ditaduras
O movimento Democracia Sem Fronteiras Brasil denuncia a aproximação do governo Lula (PT) com ditaduras como Venezuela e China. Para a entidade, a administração petista quer se aproximar de países autoritários. Além de receber ditadores em Brasília, o PT e Lula enviaram delegação para fechar acordo com o Partido Comunista Chinês (PCC). “O atual governo brasileiro está dando sinal verde para a implementação de ideologias antidemocráticas e autoritárias”, alerta o DSF Brasil.
Comunicado oficial
“O grupo DSF Brasil se posiciona totalmente contrário ao caminho adotado pelo atual governo de aproximação com ditaduras”, diz a nota.
Ditador não pede
Cerca de 20 deputados petistas foram à China fechar suposto acordo de “intercâmbio sociopolítico” com o Partido Comunista Chinês.
De joelhos, não
A entidade dedicada à defesa da Democracia critica a conivência do “com os absurdos cometidos pelo PCC”.
Diplomacia com o fígado
Lula vive em Roma seu estilo raivoso: por razões ideológicas, não quis encintrar a premiê Giorgia Meloni, a figura mais popular da Itália em décadas. Preferiu o presidente sem poder e um prefeito sem expressão.
MST na mira
A CPI do MST tem reunião nesta terça (20) para analisar e votar 45 requerimentos, incluindo um que exige a remessa à comissão de dados, inclusive aqueles classificados como “sigilosos”, de outras CPIs do MST.
Manipulação grotesca
O PT se vingou de Ives Gandra, que fez parecer favorável ao impeachment de Dilma, apontando-o como “mentor teórico do golpe”. Usaram um texto de 2017 em que o jurista aponta as Forças Armadas como “poder moderador”. Para não haver e não para promover golpe.
Dominó
O deputado Sanderson (PL-RS) informou ao Diário do Poder que o pedido de impeachment do presidente Lula (PT) “está sobre a mesa” do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
Brasil atrás do Botsuana
O Brasil caiu uma posição no ranking de competitividade mundial entre 2022 e 2023, do International Institute for Management Development (IMD), na Suíça. Em 64 países, o Brasil é o 60º. Atrás de Botsuana.
Defesa
O Podemos divulgou nota oficial para defender o senador Marcos do Val (Pode-ES), alvo de operação da PF a mando do STF. O partido “se mantém ao seu lado, inclusive, disponibilizando apoio técnico e jurídico para resolução deste episódio”, disse.
Nova revoada
O IDP do ministro Gilmar Mendes volta a promover evento em Lisboa, desta vez entre os dias 26 e 28 próximos. Será um fórum jurídico sob o tema “Governança Digital”. Espera-se mais uma revoada de autoridades.
Assessoria para quê?
Segundo o Financial Times, Lula não conseguirá cumprir as “promessas arrebatadoras” de erradicar a pobreza e proteger o meio ambiente por culpa do “Congresso de direita” e da “frente ampla de se desfaz”.
Epitáfio
Quando os Podres Poderes produzem leis e impõem regras que os protegem do cidadão, eis a prova de que a Democracia já era.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO