‘Indecisos’ lideram pesquisas presidenciais: 45%

Coluna do Cláudio Humberto
Lula, Jair Bolsonaro e Sergio Moro, os três primeiros nas pesquisas para 2022.

O grupo de eleitores indecisos representa quase a metade do eleitorado (45%) brasileiro, nas pesquisas espontâneas, segundo estudo realizado pela Neocortex Data Experts, que analisou as pesquisas eleitorais para presidente realizadas desde 2019 pelos institutos Atlas, Datafolha, FSB, PoderData, IPEC, Paraná Pesquisas e Quaest. Lula (PT) tem em média 26% das intenções de voto, e Jair Bolsonaro (PL) aparece com 19%.

Terceira via empacou

Na média das espontâneas, Sergio Moro (Podemos) tem com 3%, Ciro Gomes (PDT) 2% e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), 1%.

Diferença grande

Na média de cenários, em pesquisas estimuladas, Lula soma 40%, Bolsonaro 29%, Moro 9%, Ciro 7% e Doria 4%.

Desconfie disso

No cenário estimulado, indecisos despencam para 5%, em média, desde 2019, em improvável cristalização de votos tanto tempo antes da eleição.

Brancos/nulos

Brancos e nulos representam mais de 6% dos votos, segundo a média das pesquisas espontâneas. Na média estimulada, variam para 8%.

Presidente Jair Bolsonaro empossa a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Senado é a prioridade de Bolsonaro em outubro

A ministra Tereza Cristina (Agricultura) era a favorita no Planalto para ser a vice de Jair Bolsonaro, em outubro. Todos a queriam, exceto o presidente. Ele não dá a menor importância a vice, por isso pediu que a ministra garanta a vaga de senadora pelo Mato Grosso do Sul, seu Estado. Para ele, prioritária é a eleição de senadores, até para se livrar da má sorte com figuras como Davi Alcolumbre e Rodrigo Pacheco que, eleitos graças à sua ajuda, acabaram se bandeando para a oposição.

Favas contadas

Bolsonaro se mostra muito seguro quando avalia como “favas contadas” que seu campo político elegerá grande bancada de deputados federais.

Senadora Damares

A maioria dos onze ministros deixa seus cargos para tentar o Senado, Como Damares Alves (Família etc), candidata a senadora no Amapá.

‘Banco’ de luxo

Braga Netto é parceiro e homem de confiança. Sai da Defesa para ser vice, mas ciente de que Bolsonaro poderá ser obrigado a mudar de ideia.

Vigarice

Na distribuição de energia privatizada, a receita monumental fica com novos controladores das empresas, e seus supostos “prejuízos” são pagos pelo cidadão. É o capitalismo de compadrio, vigente no Brasil.

Férias coletivas

O economista Raul Veloso achou um absurdo, em tempo de guerra, o Banco Central aplicar aumento cavalar na taxa básica de juros na economia. Para ele, é necessário “dar férias coletivas” à diretoria do BC.

Sábios de plantão

Novo lar do bolsonarismo, o PL já é a maior bancada da Câmara, mas, observa o cientista político Paulo Kramer, “os sábios de plantão dizem que presidente está enfraquecido… Imagine se estivesse forte”.

Tirando o corpo fora

Os Estados Unidos têm feito duras críticas à guerra na Ucrânia, com a imposição de sanções econômicas à Rússia, mas confirmaram ontem que não estão preparados para receber refugiados do conflito.

Parece outra empresa

Depois de amargar o aparelhamento com sanguessugas ao longo de anos e vários prejuízos bilionários, os Correios deram a volta por cima e chegam ao terceiro ano seguido de lucro: R$3,7 bilhões em 2021.

Pequeno na briga

O Republicanos governa Santa Catarina e Tocantins, com ambos os governadores aptos à reeleição. E disputará a Bahia com o ministro João Roma (Cidadania), e o Espírito Santo com Erick Musso.

Concorrência já

O monopólio da Petrobras pressiona a inflação e prejudica a economia. Para o economista Ricardo Caldas, a possibilidade de o posto negociar com diferentes refinarias estimula competição e reduz preço na bomba.

Efeito cascata

O preço médio do diesel na bomba disparou 15% com o último reajuste da Petrobras na refinaria, diz a TicketLog. O litro do diesel comum é o campeão e subiu 19,2% em um mês, passando de R$6,043 a R$6,977.

Pensando bem…

… a guerra na Ucrânia tem ensinado uma lição para quem achava que a lacração era apenas uma prática em tempos de paz.

DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO CLÁDIO HUMBERTO

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