Impacto eleitoral do Auxílio Brasil poderá ser decisivo, este ano

Coluna do Cláudio Humberto

AUXÍLIO BRASIL IMPACTARÁ ELEIÇÃO?

Programa Auxílio Brasil. Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Enquanto muitos se apegam a resultados de pesquisas eleitorais feitas apontando Lula até mesmo vencendo em 1º turno, o bom senso prevê adoção de cautela por dois motivos, o principal deles sendo o impacto do novo Auxílio Brasil na decisão do eleitor. Os gastos previstos com o programa este ano podem chegar a R$ 96 bilhões, mais de três vezes o valor destinado ao Bolsa Família em 2020, sem o auxílio emergencial.

Primeira grande diferença

A elevação do valor mínimo do benefício para R$400 equivale, por si só, em mais de 100% no valor médio que cada família receberá.

Votos em potencial

Além do aumento no valor médio, o número de famílias beneficiadas também deve subir de 15 milhões em 2021 para 20 milhões em 2022.

No lugar certo

Esse ganho de popularidade deve ficar ainda mais evidente na região Nordeste, que concentra mais beneficiários e é mais hostil a Bolsonaro.

Pequeno exemplo

Em Alagoas, por exemplo, a expectativa é de injeção de R$ 90 milhões por mês na economia do Estado por meio das famílias de baixa renda.

Violência mata 70 vezes mais crianças que a covid. Foto: Marcello Casal Jr/EBC

Violência mata 70 vezes mais crianças que a covid

O grande debate do momento segue ao redor da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra covid, mas números deviam fazer a preocupação da sociedade se voltar para a violência. Enquanto na véspera do Natal, a notícia que houve 301 mortes de crianças nessa faixa etária durante a pandemia se espalhou em todos os jornais, dados da Unicef mostram que o Brasil tem 32 crianças e adolescentes assassinados todo dia.

Estatística

A preocupação com as crianças tem sido usada como argumento para novas restrições, mas as mortes equivalem a 0,04% do total de óbitos.

Iraque é aqui

A Unicef comparou a situação do Brasil com o Iraque, que vive conflitos armados. Mesmo assim, a letalidade no país árabe é 50% da brasileira.

Prejuízo seletivo

A vacinação como pré-requisito para a volta às aulas prejudica alunos de escola pública. Os da privada voltaram no ano passado, sem vacina.

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