Ciro Gomes se referiu ao vereador como “capitãozinho-do-mato”
A fala de Ciro foi classificada na ação como, “colocações humilhantes, pejorativas e, em notório caráter de preconceito racial”. (Foto: EVARISTO SA/ AFP).
Mael Vale
A Primeira Vara do Juizado Especial Cível da Capital (Vergueiro) determinou o bloqueio de R$ 151,2 mil da conta da esposa de Ciro Gomes (PDT) por danos morais do pedetista contra o vereador de São Paulo, Fernando Holiday (União-SP).
O parlamentar move a ação desde 2018, quando o ex-candidato à Presidência da República, durante sabatina em uma emissora de rádio, falar que o vereador é um “capitãozinho-do-mato” e que a “pior coisa que tem é um negro que é usado pelo preconceito para estigmatizar, que era o capitão-do-mato do passado”. Em 2019, o Tribunal de Justiça de São Paulo condenou Ciro a pagar uma indenização para Holiday.
A fala de Ciro foi classificada na ação como, “colocações humilhantes, pejorativas e, em notório caráter de preconceito racial”.
A juíza responsável pela ação, Lígia Dal Colleto Bueno, determinou o bloqueio do valor na conta da mulher do pedetista após a Justiça não conseguir localizar bens de Ciro que alcançassem o valor, Holiday requereu que o valor fosse cobrado da esposa do ex-ministro. Giselle Oliveira Bezerra vive em regime de união estável.
DIÁRIO DO PODER