HISTÓRIA DA CAROCHINHA

Destaque

De passagem, quero afirmar que se trata apenas de um conto, desses similares aos das “Mil e uma noites”. Qualquer semelhança com a realidade, terá sido mera coincidência.

Certa vez, em um país distante, desconhecido e completamente decadente, o povo descontente elegeu um rei. Um soberano diferente de tudo o que se imaginava que um rei, poderia ser. O cara não ostentava nada, não tinha requinte nem luxo e costumava comer pastel em qualquer esquina. Não demonstrava nenhum constrangimento em se aproximar do povo e costumava quebrar todos os protocolos, estabelecidos por seus colaboradores.

Montava em um patinete e arrebanhava multidões. Coisa que impressionou seus opositores e fez com que sentissem o quanto eram pequenos e inexpressivos.

Esse comportamento avesso aos moldes antigos irritou certa parte da população. Defendiam a ideia antiga que pessoa ocupando esse cargo deve se afastar da “fuleiragem”.  Precisa se comportar como estadista. Não importa que roube que minta, ou seja, desonesto, precisa se comportar. O que importa é manter a aparência de um rei, mesmo que seja apenas um reles bandido.

Esse povo estava ainda com muita saudade do antigo rei. Esse vivia na opulência, mas prometia aos humildes dividir riquezas. Embora só repassasse migalhas, o povo lhe referenciava.

Cansaram do rei que não tinha papas na língua, que para eles era grosseiro e mal educado. Resolveram depor o rei e para isso montaram uma imensa fraude eleitoral. Não representavam a maioria, nem perto disso chegaram, mas venceram a eleição, mesmo minoritários.

Então, o velho ogro subiu a rampa do palácio vizinho. Ornado por uma coroa comprada na feira de sábado. Sem desfraldar a flamula real, porque não gostava das suas cores.

Ao montarem esta ópera bufa, com apoio incondicional dos mais desonestos, tomaram as rédeas desse pobre país, que não sabia escolher, não queria ser livre nem se preocupava em ser novamente enganado.

Moral da história: jamais jogue pérolas aos porcos, eles vão sempre preferir a lama.

Guto de Paula                                                                                  

Redator da Central São Francisco de Comunicação

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