Grupo terrorista enviou morteiros e mísseis
Uma visão geral do muro na fronteira entre Israel e Líbano, visto da aldeia de Dhayra, no sul do Líbano Foto: EFE/EPA/WAEL HAMZEH
O grupo terrorista xiita libanês Hezbollah confirmou estar por trás de um lançamento de morteiros e mísseis realizado neste sábado (14) no norte de Israel, cujas forças anunciaram que responderam com um bombardeio contra a origem dos ataques do outro lado da fronteira.
– Grupos da Resistência Islâmica atacaram posições sionistas nas fazendas libanesas ocupadas de Chebaa (…) com mísseis teleguiados e morteiros, infligindo golpes precisos e diretos – anunciou o movimento político e armado libanês em um comunicado, sem especificar quantos projéteis foram disparados.
De acordo com o comunicado, o ataque foi realizado por volta das 15h15 (horário local; 9h15 de Brasília) contra cinco pontos diferentes nas chamadas Fazendas Chebaa, um território controlado por Israel e disputado pelo Líbano.
Por volta desse horário, Israel detectou o disparo de cerca de 30 morteiros em seu território, alguns dos quais cruzaram a fronteira, e respondeu contra as áreas de origem no Líbano, segundo as forças israelenses.
Ao mesmo tempo, uma aeronave israelense bombardeou um grupo de pessoas suspeitas de lançar um míssil contra Israel.
Mais tarde, o Hezbollah anunciou em um segundo comunicado um novo ataque a um centro de monitoramento das forças israelenses em outra área das Fazendas Chebaa, alegando ter “destruído” uma “grande parte de seu equipamento técnico”.
A área de fronteira já havia sido palco de uma intensa troca de tiros entre os dois lados na tarde desta sexta, durante a qual um jornalista foi morto e vários outros ficaram feridos após serem atingidos por um projétil que o Líbano alega ter sido disparado pelas forças israelenses.
Desde o último domingo (8), o exército israelense e o Hezbollah estão envolvidos em ataques na fronteira entre os dois países, uma área em que também houve algumas ações reivindicadas por facções palestinas presentes no território libanês.
Tudo isso faz parte da guerra em curso entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas na Faixa de Gaza.
*EFE