Haddad, ministro da Fazenda de Lula, defende socialismo em mestrado

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Petista apoia o estatismo e o fim da propriedade privada

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante o anúncio que o confirmou na pasta, em Brasília – 09/12/2022 | Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

Na sexta-feira 9, o presidente eleito, Lula (PT), anunciou Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, como o novo ministro da Fazenda. Pouco depois do anúncio, o dólar subiu, em virtude dos posicionamentos do petista e de declarações segundo as quais entende pouco dessa área.

Intitulada O Debate sobre o Caráter Socioeconômico do Sistema Soviético, a dissertação de Haddad, publicada em 1990, tenta distinguir a experiência socialista russa do comunismo concebido por Karl Mark. Segundo Haddad, a Rússia de Lênin e a que veio depois do ditador tornou-se um “Estado operário degenerado”.

Ao longo do texto, é possível perceber que Haddad não vê problemas em um Estado autoritário que limite as liberdades públicas. Para o petista, o cerne da questão está no fato de ditadores como Lênin cometerem o erro de não estabelecer um modelo de “revolução internacional”, que seja a integração das esquerdas mundiais.

Na dissertação de Haddad, o futuro ministro da Fazenda vê “êxitos” no modelo econômico soviético. “O que, aliás, constituem prova de viabilidade técnica dos métodos socialistas baseados na abolição da propriedade privada e na planificação (quando o Estado é o responsável por cuidar da economia)”, observou. “Essas duas condições aproximam a realidade soviética do modelo proposto por Marx.”

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