Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)
Fernando Haddad baixou portaria estabelecendo uma “lei da mordaça” na própria assessoria da comunicação do Ministério da Fazenda, como se não houvesse relação de confiança com os profissionais que a integram. A portaria nº 811 os proíbe de falar sobre temas de “fora de sua área de competência”, apesar de não ter havido qualquer episódio que justifique a medida e de serem servidores discretos, que até fogem da imprensa. A medida abrange as áreas de imprensa, comunicação digital, marketing etc.
Cale a boca, jornalista
A censura inclui proibição de comentários sobre “a honorabilidade e o desempenho de outras autoridades”, como se assessores fizessem isso.
Nada de vazamentos
A portaria da “mordaça” também proíbe assessores de tratarem de “mérito de questões ainda não decididas” pelas “instâncias superiores”.
Agressividade inútil
A agressiva portaria é também desnecessária: assessores têm cargos de confiança; se não a merecerem, podem ser demitidos a qualquer tempo.
Censura integrada
A portaria vem sendo mantida fora da mídia desde sua edição, no fim de maio, apesar de estabelecer curiosa “política de comunicação integrada”.
Produção de arroz no Rio Grande do Sul – Foto: redes sociais.
Decidiu importar arroz quem não estudou tabuada
Uma simples conta derruba o argumento de Lula (PT) para sua decisão suspeitíssima, afinal anulada, de importar arroz: ele alegou “combate à pressão do mercado”. Lorota. Segundo Carlos Fernandes, ex-secretário executivo de Segurança Alimentar Nutricional e Abastecimento de São Paulo, com a importação, o custo do pacote de 5kg de arroz sairia por R$ 36,85, valor superior à média nas prateleiras das grandes redes (R$ 33). Falta lógica e sobram suspeitas de corrupção na decisão de importar.
Dois mais dois
A saca de 50kg de arroz valia R$116 em 22 de novembro passado e caiu para R$ 105 em meados de abril deste ano.
Leis do mercado
Em maio, com a tragédia do Rio Grande do Sul, subiu para R$116, mas, em junho, com a entrada do arroz sequeiro, caiu para R$ 113,48.
Apoio ao plantio
Para Fernandes, o governo deveria usar os R$7,2 bilhões da importação no apoio ao plantio da safra 2024-2025, sobretudo no Rio Grande do Sul.
2024 acabou
Parlamentares federais foram avisados: terça (18) e quarta (19) serão dias de “esforço concentrado” para agilizar votações, incluindo comissões. Depois, é só vazar: recesso, festejos de São João e eleições.
Tem de sobra
Dados da Conab desmascaram o próprio governo que insiste na compra de arroz importado, aumentando as suspeitas de corrupção. A colheita da safra do cereal 2023/2024 somou 10,4 milhões de toneladas, recorde. São 3,6% acima do colhido no último ciclo (22/23).
Cardápio petista
O PT da Bahia já reservou duas disputadas vagas para o ex-governador e atual ministro Rui Costa (Casa Civil) em 2026: voltar ao governo ou disputar o Senado. Haddad adorou: nada sobre disputar o Planalto.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO