Grupo Wagner suspende avanço para Moscou e retorna às bases

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Líder da organização disse que a medida visa evitar um derramamento de sangue

Integrantes do grupo armado Wagner em Rostov-on-Don Foto: EFE/EPA/STRINGER

O chefe do grupo de mercenários russos Wagner, Yevgeny Prigozhin, que lidera uma rebelião armada contra a liderança militar da Rússia, anunciou neste sábado (24) que os seus combatentes retornarão às suas bases para evitar um derramamento de sangue, depois de se aproximarem 200 quilômetros de Moscou.

– Chegou o momento em que o sangue pode ser derramado. É por isso que, compreendendo toda a responsabilidade pelo derramamento de sangue russo por um dos lados, damos meia volta e retornamos às nossas bases de acordo com o plano – disse Prigozhin em mensagem de áudio em seu canal no Telegram.

O líder do grupo de mercenários também afirmou que as elites militares russas, contra as quais se rebelou, “queriam desintegrar Wagner” e explicou que foi por isso que anunciou a “marcha pela justiça”, durante a qual, em 24 horas, avançou até 200 quilômetros de Moscou, depois de ter tomado a cidade de Rostov-on-Don.

– Durante este tempo, não derramamos uma gota de sangue dos nossos combatentes – comentou o chefe da empresa privada de mercenários, reconhecendo que isso poderia ter mudado.

O líder do Wagner fez o anúncio após o serviço de imprensa do presidente de Belarus, Alexandr Lukashenko, ter afirmado que ele tinha feito a mediação entre Moscou e Prigozhin com a aprovação do presidente russo, Vladimir Putin.

– Yevgeny Prigozhin aceitou a proposta do presidente bielorrusso sobre o avanço das tropas de Wagner no território russo e as futuras medidas para reduzir as tensões – afirmou a presidência bielorrussa no Telegram, segundo a agência oficial BELTA.

A presidência bielorrussa indicou que “as conversações prosseguiram durante todo o dia” e, “no final, chegou-se a um acordo sobre a inadmissibilidade de desencadear um massacre sangrento em território russo”. O governo de Belarus ainda comentou que negocia uma “opção absolutamente benéfica e aceitável para resolver a situação, com garantias de segurança para os combatentes do Grupo Wagner”.

*EFE

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