O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Ministério da Fazenda/Marcelo Justo.)
Cláudio Humberto
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, selou voto de silêncio sobre as negociações com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre a medida provisória que quer punir os setores que mais empregam no país com a taxação da folha de pagamento. O “plano b” em análise pela equipe econômica é uma reoneração escalonada com prazo maior do que o defendido publicamente por Haddad, 2027, fala-se em 2029.
Pra ontem
O ministro insiste que, ainda que suavize a reoneração com o prazo maior, a cobrança precisa começar imediatamente.
Ninguém quer
Mesmo com a chance de flexibilizar o prazo da oneração, os sinais que Haddad recebeu de Pacheco e de Lira foram pela rejeição do tema.
Planalto sem votos
O ministro foi informado que Câmara e Senado até topam discutir uma forma de compensação, mas a volta da tributação não passa.
Sanha arrecadatória
Alternativa posta à mesa por Pacheco é taxação de compras até US$50. Aprovada, a medida pode injetar quase R$3 bilhões no cofre federal.
Líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ) (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)
Para Jordy, operação é ‘recado para a oposição’
O líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ), disse acreditar que a operação da Polícia Federal em sua casa servirá para “dar um recado” a opositores do governo Lula (PT). “Se eles estão fazendo com o líder da oposição na Câmara, podem fazer com qualquer um”, disse à coluna o deputado federal, que também acredita que outro propósito é a pesca probatória; “buscar qualquer coisa que possa gerar outras suspeitas” para “alcançar outras pessoas da oposição”.
Legitimidade
Jordy acredita que a operação também pode servir como “justificativa” para “dar legalidade” a ações do STF e do ministro Alexandre de Moraes.
Novo foro
O deputado diz que o STF tem condenado cidadãos comuns, sem foro privilegiado, mas “agora que há um deputado investigado…”.
Motivação política?
Senadores como Carlos Portinho (PL-RJ) repudiaram a ação da PF a pedido do STF e questionam a separação dos poderes.
Outro ‘inocente’ da Lava Jato
Deltan Dallagnol lembrou que Domingos Brazão, apontado na delação de Ronnie Lessa como mandante do assassinato de Marielle Franco, foi preso pela Lava Jato em 2017, mas foi solto. A morte ocorreu em 2018.
Sem resposta
Após suposta delação apontar o mandante da morte de Marielle Franco, o estadual Bruno Engler (PL-MG) fez um incômodo questionamento: “Será que o Adélio Bispo faz uma delação premiada também?”.
Repercussão
Possível desfecho sobre o crime que vitimou Marielle Franco movimentou as redes sociais. No X, antigo Twitter, um dos assuntos mais comentados foi #QuemMandouMatarBolsonaro.
Operação abafa
Messias Donato (Rep-ES) vê tentativa de abafar criminosa fala de José Genoíno, ex-presidente do PT, contra judeus. “Não há alardes, inquéritos, investigação e nem punição”, lamentou o deputado.
Pedala, Pacheco
Após ser alvo de batida da PF, o líder da oposição, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), não mandou recado e cobrou o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG): “precisa se posicionar com urgência”.
Ministro na mira
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) está com ofício pronto para pedir a convocação de Fernando Haddad, após justificativas para cortar a isenção fiscal a pastores. O deputado chamou tudo de fake news.
Perde pro Neymar
Jamie Dimon, CEO do maior banco do mundo, o JP Morgan Chase, recebeu um aumento de 4,3% em 2023. Seu salário passou a US$36 milhões por ano, equivalentes a cerca de R$180 milhões.
Trocas na Justiça
No encontro de Ricardo Lewandowski com Flávio Dino, o novo ministro da Justiça deu garantias que não há “caça às bruxas”, mas o secretário-executivo Ricardo Capelli deve mesmo sair da pasta.
Pensando bem…
…de repente o interesse pelo mandante acabou.
DIÁRIO DO PODER – COLUNA DO JORNALISTA CLÁUDIO HUMBERTO