Renan Calheiros Filho condicionou as obras do PAC com a aprovação do arcabouço fiscal
Lula e Renan Filho, ministro dos Transportes Foto: EFE/ Andre Borges
O ministro dos Transportes, Renan Filho, disse, nesta quarta-feira (16), que as obras previstas no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) dependem da aprovação do arcabouço fiscal.
– Se tivermos a volta do teto de gastos, teremos um país que investe pouco – afirmou, em apresentação das obras do Novo PAC, em Brasília (DF).
O ministro disse, contudo, que acredita na aprovação do arcabouço pelo Congresso.
– Mas é importante que o governo amplie os diálogos. Sinto que isso ocorrerá; em uma democracia é sempre assim – destacou.
Renan Filho diz que uma obra estar no Novo PAC significa garantia de recursos para a conclusão dela.
– É uma obra que tem o correspondente recurso à luz da responsabilidade fiscal – afirmou.
O programa lançado na última semana prevê a inclusão de obras em andamento e outras que estavam paralisadas, além do lançamento de novas. Para que as perspectivas se efetivem, porém, o ministro condiciona a aprovação do arcabouço fiscal e o cumprimento das metas.
– Se tivermos o cumprimento de resultados primários, poderemos ter ainda mais recursos. Os recursos atuais previstos estão dentro de uma análise conservadora [do cumprimento das metas do arcabouço fiscal] – afirmou Renan Filho.
RODOVIAS COM AVALIAÇÃO POSITIVA
Segundo o ministro dos Transportes, o Governo Federal pretende alcançar avaliação positiva de 80% das rodovias até o final da atual gestão, contra 54% atuais.
– Recebemos a malha viária na pior condição e índices mostram que já há melhora. Esperamos um ponto de inflexão na próxima avaliação – disse sobre análise que é feita periodicamente pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A projeção do ministro é de ter “no máximo” 20% da malha classificada como regular, ruim ou péssima até o final da atual gestão.
– Temos que manter o que temos e fazer novas obras – afirmou ao destacar as diferentes características das obras previstas no PAC.
O diretor-geral do Dnit, Fabrício Galvão, disse que a estimativa é de que no final deste ano já se alcance avanço das melhorias, com possibilidade de ter 62% de rodovias classificadas como boas.
*Com informações AE