Processo de privatização da companhia de saneamento foi concluído nesta terça, 23, em evento realizado na sede da B3
Cerimônia de desestatização da Sabesp. (Foto: Divulgação/Governo de São Paulo)
O Governo de São Paulo concluiu nesta terça-feira (23) o processo de privatização da Sabesp. A cerimônia aconteceu na bolsa de valores, a B3, e marcou o fim de um processo iniciado em fevereiro do ano passado.
O encerramento do processo com a liquidação da oferta realizada no âmbito da privatização na última segunda-feira (22) marca o início do novo contrato de concessão pela Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário Sudeste (Urae-1).
O levantando foi de 14,77 bilhões de reais com a venda de 32% da empresa, a 67 reais por ação. Enquanto 17% dos papéis foram vendidos para investidores, incluindo pessoas físicas, outros 15% foram arrematados pelo grupo Equatorial Energia, em uma oferta sem concorrência.Com a oferta pública, o governo paulista reduziu de 50,3% para 18% sua participação no capital social da companhia de saneamento básico. 49,7% das ações já eram listadas em bolsa de valores.
“É importante que, embora a Sabesp agora seja ainda do Estado, mas minoritária do Estado, ela continua sendo patrimônio de São Paulo”, disse o secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.
“Vamos sempre estar à disposição da população para ajudar como a gente ajudou em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com o nosso time, com nossos ativos, como nossa expertise“, acrescentou o diretor-presidente da Sabesp, André Salcedo. “Esse é o espírito ‘Sabespiano’ e isso vai ser preservado, isso vai continuar.”
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu os trabalhos da gestão para viabilizar a privatização.
“Não faltou nesse processo uma série de atributos, não faltou ousadia, não faltou coragem, não faltou dialogo, não faltou respeito, não falta criatividade para que a gente construísse um modelo que não é o modelo de Buenos Aires, não é o modelo de Berlim, não é o modelo do Reino Unido, não é o modelo do Chile, não é o modelo de Portugal, não é o modelo da Eletrobras, é o modelo da Sabesp, é o nosso modelo, é o modelo de São Paulo e é o melhor modelo da história.”, afirmou o governador.
“Poderíamos ter escolhido diversas formas de fazer a privatização, escolhemos o caminho mais difícil, talvez, mas o mais consistente que nos permitirá deixar um legado”, finalizou.
Além de cortes na tarifa, a privatização também visa a antecipar a universalização dos serviços de água e esgoto de 2033 para 2029, com investimento de R$ 260 bilhões até 2060.
DIÁRIO DO PODER