Em entrevista a jornalista Leda Nagle, nessa terça-feira, 26/10, o General Heleno, chefe do gabinete de segurança institucional da Presidência da Republica, criticou as sucessivas ordens de prisão emitidas pelas Cortes Superiores sem o devido processo legal.
O general frisou “a liberdade de opinião tem que ser garantida num país democrático”. Se essa opinião provocar alguma consequência existe a justiça para processar, julgar e condenar – e nem sempre a pena será de prisão.
E ele continuou “o que não pode é a pessoa ser presa, sem ter nenhum crime cometido”. Heleno também chamou a atenção para o fato que todos os perseguidos estarem dentro do mesmo espectro político, o conservador. Ele lembrou que as ofensas e ataques violentos ao presidente e vários de seus ministros são diários e muitas vezes públicos.
Todos se lembram das palavras cruéis do jornalista Hélio Schwartsman, na Folha de SP, quando Bolsonaro contraiu o Covid-19:. “Torço para que o quadro se agrave e ele morra. Nada pessoal. […] Embora ensinamentos religiosos e éticas deontológicas preconizem que não devemos desejar mal ao próximo, aqueles que abraçam éticas consequencialistas não estão tão amarrados pela moral tradicional”.
Não dá para ser mais direto que isso, quais as consequências?
Nenhuma. Até foi aberto um inquérito mas foi suspenso pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). No estado de direito é assim quando alguém se sente ofendido ou ameaçado, provocamos o Ministério Público e segue-se o devido processo legal – ninguém pediu a prisão imediata do jornalista, apesar da declaração explicita.
Schwartsman não foi o único, o também jornalista Hugo Campana escreveu um artigo em seu blog: “Por que torço para que Bolsonaro morra” em seu blog. Na mesma época, quando Bolsonaro havia sido diagnosticado com Covid-19. Numa ironia trágica do destino, Hugo viria a falecer meses depois da mesma doença apesar de ter tomado as duas doses da vacina Coronavac.
Os casos são inúmeros, um vereador do PT, de um pequeno município gaúcho chegou a dizer “Adélio seu imbecil, nós poderíamos estar livres desse mal” fazendo uma crítica à imperícia do terrorista Adélio Bispo que falhou na sua tentativa de homicídio contra o presidente Jair Messias Bolsonaro.