Penteado prestou depoimento na CPI da Câmara Legislativa do DF
Penteado fez questão de relembrar como foi perfeito o esquema de segurança na Esplanada dos Ministérios durante a posse do presidente Lula. Foto: Eurico Eduardo/CLDF
Francine Marquez
O general Carlos José Russo Assumpção Penteado prestou depoimento nesta segunda-feira (4), na CPI dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Durante a oitiva, o Penteado ressaltou diversas vezes que houve um represamento da comunicação por parte do então ministro G. Dias.
“Se a coordenação de análise de risco tivesse tido acesso ao teor dos alertas encaminhados ao ministro G. Dias pelo diretor da ABIN, Saulo Moura, teríamos impedido a invasão do Palácio do Planalto”.
O general era secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) no fatídico 8 de janeiro.
Penteado afirmou aos distritais que não recebeu nenhum alerta de segurança emitido pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) e ressaltou que essa “falha de comunicação” teria sido responsável pela invasão e depredação do Palácio do Planalto.
“Todas as ações do GSI no dia 08 estão diretamente relacionadas à retenção, pelo ministro Gonçalves Dias, dos alertas produzidos pela ABIN, que não foram disponibilizados oportunamente”.
Em relação ao fracasso do plano escudo, o militar afirmou que o problema foi a falha das informações a respeito da quantidade de manifestantes, tendo em vista que a defesa do Palácio Presidencial é uma ação preventiva.
“A partir do momento que eles rompem [as barreiras da polícia], não se fala mais em plano escudo, não há mais prevenção, tivemos que começar uma retomada do prédio”.
Penteado fez questão de relembrar como foi perfeito o esquema de segurança na Esplanada dos Ministérios durante a posse do presidente Lula.
Quando foi questionado sobre a fala de G.Dias, ao colegiado, afirmando que não o nomearia novamente a fazer parte da equipe do GSI, Penteado se negou a comentar.
DIÁRIO DO PODER