Em 65%, inflação do país pode subir ainda mais
O economista Pierre-Olivier Gourinchas, do Fundo Monetário Internacional (FMI), advertiu para o que está acontecendo na Argentina. “A situação econômica é muito preocupante”, disse durante entrevista coletiva.
“Neste momento, a Argentina tem um processo inflacionário ancorado”, constatou. “A inflação ano a ano em junho foi de 64%. Há expectativas de que possa aumentar. Reduzi-la tem de ser a principal prioridade do país.”
O alerta feito pelo executivo nesta terça-feira, 26, veio um dia depois do encontro da ministra da Economia, Silvina Batakis, com a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, em Washington, e funcionários da instituição.
Em março deste ano, a Argentina fechou um acordo com o FMI para refinanciar sua dívida de US$ 45 bilhões, contraída durante o governo do ex-presidente Mauricio Macri, tornando-se o maior devedor do fundo.
Silvina tenta flexibilizar algumas exigências do FMI, como ajuste fiscal e menos intervenção do Estado na economia. Uma das queixas da vice-presidente do país, Cristina Kirchner, com o antecessor de Silvina era a de que o ministro havia aceitado muitas demandas da instituição financeira.
Além disso, durante as eleições legislativas, Cristina criticou o ministro por ele não ter aberto os cofres para custear programas sociais.
REVISTA OESTE