O economista salientou a melhora de variáveis como a inflação, que está registrando uma rápida baixa, e o aumento das reservas do Banco Central
O enviado do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Argentina, Rodrigo Valdés, elogiou a nova gestão econômica liberal da Argentina. (Foto: Reprodução/Redes Sociais).
Danyelle Silva
O enviado do Fundo Monetário Internacional (FMI) à Argentina, Rodrigo Valdés, elogiou a nova gestão econômica liberal da Argentina. Valdés destacou os “progressos impressionantes” obtidos nos últimos meses.
“O caminho para estabilização nunca é fácil”, disse Valdés, ao resumir o programa econômico implementado pelo governo do presidente liberal Javier Milei. A fala de Valdés confirma outras análises recentes de responsáveis do FMI sobre a conjuntura argentina. A afirmação dele ocorreu durante a apresentação na reunião do Iefa Latam Fórum, que decorreu nesta terça-feira (26), em Buenos Aires.
O economista salientou a melhora de variáveis como a inflação, que está registrando uma rápida baixa, e o aumento das reservas do Banco Central.
O responsável destacou alguns marcos dos primeiros meses de gestão de Milei, como o superávit fiscal alcançado em janeiro e fevereiro, algo que foi alcançado “pela primeira vez em mais de uma década”.
“As reservas internacionais estão se recompondo, a inflação cai mais rapidamente do que estimávamos e a diferença cambial e o rico-país continuam caindo”, disse Valdés. “Mas a herança foi pesada e o caminho para a estabilização nunca é fácil”.
O economista destacou que o FMI “compartilha a visão das autoridades”, sobre “uma economia mais próxima ao mercado”.
“As novas autoridades estão determinadas a implementar um ambicioso plano de estabilização para restaurar a ordem macroeconômica”, prosseguiu o economista. “É um plano centrado numa forte âncora fiscal, que elimina completamente o financiamento do Banco Central ao governo e implementa políticas para reduzir a inflação”.
Valdés reiterou, contudo, com “ênfase”, um alerta sobre as possíveis consequências. Nesse sentido, pediu “que o peso do ajuste não recaia desproporcionalmente sobre as famílias trabalhadoras”.