Fenômeno atinge a Terra e causa apagões massivos de comunicação; entenda

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No último fim de semana, o Círculo Polar Ártico enfrentou apagões massivos de comunicação por ondas curtas de rádio. Essa situação foi causada por um evento de absorção da calota polar profunda (PCA), um fenômeno desencadeado por explosões solares mais intensas.
As áreas destacadas em vermelho no mapa indicam onde as transmissões de ondas curtas foram absorvidas. Frequências abaixo de 15 MHz foram praticamente eliminadas, enquanto aquelas abaixo de 35 MHz sofreram atenuação significativa, conforme relatado pela plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com.
A mancha solar AR3697 está atualmente alinhada de forma magnética com a Terra, resultando na aceleração de prótons em espiral em nossa direção. Esses prótons estão “nevando” na parte superior da atmosfera terrestre e afetando espaçonaves próximas ao planeta.
Através do nevoeiro, é possível observar uma ejeção de massa coronal (CME), um jato brilhante de plasma solar emergindo do local da explosão. Essa CME passará próximo à Terra na segunda-feira (10).
De acordo com o Spaceweather.com, a tempestade de radiação atual é classificada como S2 (Moderada), abaixo do pico da escala. Felizmente, não representa uma ameaça para astronautas ou aeronaves.

No entanto, essa tempestade contém uma proporção excepcionalmente alta de prótons “pesados” com energias superiores a 100 MeV. Esses prótons podem afetar naves espaciais, causando problemas como embaçamento de câmeras e reinicializações de computadores de bordo. É possível que ocorram pequenos problemas com satélites nos próximos dias.

Segundo previsões da NOAA, tempestades geomagnéticas da classe G2 (consideradas moderadas em uma escala que vai de G1 a G) podem ocorrer se houver colisão da CME com a atmosfera terrestre. No entanto, como o contato será apenas superficial, espera-se, no máximo, tempestades moderadas.

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