Pela segunda vez consecutiva, manifestantes contra o Passaporte Sanitário ocuparam o Plenário da Câmara de Vereadores de Barreiras. Porém essa terça-feira, ao contrário da última sessão ordinária, tanto o presidente da Casa, como o vereador que protocolou o projeto de lei, estavam presentes.
Dezesseis membros da casa responderam a chamada, apenas três estavam ausentes. A vereadora Besa acompanhou os trabalhos via internet e foi à única que não fez uso da palavra, pois todos os demais, de seus próprios lugares ou ocupando a tribuna, aproveitaram o momento para fazerem seus pronunciamentos de final de ano.
Quase todos, dedicaram parte do seu tempo para elogiar as ações do Gestor Municipal e com isso deixar bem claro que a influência do Prefeito corresponde à totalidade quase absoluta do legislativo.
Fato que descaracteriza e anula o fazer fiscalizador dos que se elegeram para funções bem diferentes, e que hoje causam desconfiança ao eleitorado e justificam a presença de manifestantes antenados nos direitos e deveres que podem ser suprimidos por ausência de compromisso de seus representantes.
Nada disso é por assim se dizer uma novidade, pois em gestões anteriores tem sido comum o atrelamento da maioria dos vereadores aos desejos dos gestores. Claro que não tão forte e articulada como hoje, onde a oposição conta com apena dois nomes.
Voltando ao assunto do Passaporte e da possibilidade de ser colocado em votação, digno de nota ressaltar que isso não aconteceu. Seja por medo ou covardia, esse malfadado projeto permanece na gaveta.
O que de fato surpreendeu é que seu autor ao se sentir acuado pela presença dos manifestantes apelou para a alusão de democracia. Vejam que disparate. Logo quem pretendia colocar em vigor um ato que cerceia a liberdade, que vai de encontro à própria Constituição e que não é nada mais que resultado de um aparelhamento que pretende controle social antidemocrático, apelar por democracia.
Bem comum da “esquerdopata” festiva, que se sustenta nos falsos ideais democráticos para se impor no poder e, depois que consegue, anula sumariamente todos. O jovem vereador declarou que respeita todos, que até aceita o fato de opiniões divergentes. Esquece, porém, que não se trata de opiniões contrárias, mas de uma tentativa de subjugar pessoas a uma imposição ridícula e criminosa que suprime a liberdade de ir e vir e não passa de uma afronta aos direitos conquistados e a liberdade de expressão.
Mas ele é novo, pode até aprender que sua atitude contra a individualidade não tem sustentação legal e que não pode ser explicada por falsos princípios democráticos. O povo está de olhos bem abertos para discursos hipócritas. Nos que hoje falam em democracia e que amanhã algemam o povo, suprimem sua liberdade e invadem seu corpo com manipulações experimentais.
