O ex-funcionário pediu para ser incluído no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos
Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos. (Foto: Reprodução/Redes Sociais/Acervo Pessoal).
Mael Vale
O autor da denúncia de assédio moral envolvendo o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, pediu para ser incluído no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos.
O sociólogo Leonardo Pinho que é ex-diretor de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua do Ministério de Direitos Humanos solicitou o ato após receber um telefonema anônimo com ameaças caso continuasse a falar sobre o caso.
“Não vou aceitar. O complô vai ser desmantelado. Para de falar. Silvio é sócio de grandes escritórios de advocacia”, afirmou Pinho ao relatar as ameaças.
O pedido de inclusão de Pinho ao programa foi feito pelos conselheiros que o ouviram. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo.
O sociólogo prestou um depoimento ao Conselho Nacional de Direitos Humanos na quinta-feira (12).
Almeida demitido
Na semana passada, Silvio Almeida foi demitido do cargo após a série escândalos sexuais e morais envolvendo o então ministro dos Direitos Humanos do governo do presidente Lula (PT).
Além da denúncia de Pinho, a professora Isabel Rodrigues narrou uma situação e denunciou Almeida de abuso sexual. A situação teria ocorrido em 2019.
Isabel conta que Silvio era um amigo e que eles almoçaram por diversas vezes, mas que em um dos encontros ele levantou a saia dela e “colocou a mão com vontade”.
Entre 2007 e 2012 denúncias de estudantes da universidade São
Judas Tadeu, em São Paulo, onde Almeida foi docente, relataram propostas de encontros sexuais em troca de melhora na nota de alunas que corriam risco de reprovação.
O ex-ministro nega as denúncias.
DIÁRIO DO PODER