G. Dias alegou que a convocação é um “manifesto constrangimento ilegal” contra ele
O ex-GSI do presidente Lula (PT) é alvo também da CPI do 8 de janeiro. Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação.
Mael Vale
A defesa do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (24) que ele não seja obrigado a comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga falcatruas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Câmara dos Deputados.
“Sua convocação, portanto, está longe de se exibir como ato legal e legítimo de investigação parlamentar e insere-se dentro de contexto maior, no qual se constata o intuito retaliatório da oposição, já que o requerimento de oitiva foi apresentado pelo deputado federal Ricardo Salles, sabidamente da contrário e refratário ao governo democraticamente eleito, extrapolando seus poderes investigatórios com medidas descabidas, que têm unicamente o objetivo de constranger o ora paciente [Gonçalves Dias], especialmente em relação ao incidente ocorrido em 08 de janeiro, quando da invasão do Palácio do Planalto, a fim de alimentar narrativas descabidas que se sustentam apenas nas redes sociais”, declarou a defesa.
G. Dias foi convocado pela comissão no último dia 11 e os parlamentares pretendem ouvir o general no dia primeiro de agosto.
O requerimento foi apresentado pelo relator do colegiado, Ricardo Salles (PL-SP). O deputado afirmou que a convocação tem como pauta “relatar ações realizadas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no monitoramento de invasões de terra ocorridas no Brasil”.
O ex-GSI do presidente Lula (PT) é alvo também da CPI do 8 de janeiro, que investiga os ataques de vandalismo nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Imagens do circuito interno do Palácio do Planalto mostram Gonçalves Dias caminhando tranquilamente no prédio enquanto vândalos destroem as instalações do edifício.
DIÁRIO DO PODER