A assessoria do deputado disse que ele não irá se pronunciar sobre o caso
André Janones Foto: Gilmar Félix / Câmara dos Deputados
Ex-assessores do deputado federal André Janones (Avante-MG) o acusam de assédio moral e divulgaram prints de conversas nas quais o parlamentar insulta e humilha seus funcionários.
Nas mensagens trocadas no grupo de trabalho de seu gabinete, o deputado dispara ofensas contra os funcionários com xingamentos como “vermes”, “incompetentes”, “burros”, “lixos humanos” e outros.
– Eu sinto nojo de um dia ter escolhido pessoas como vocês para estarem ao meu lado nesse mandato. Ontem, fiquei das três horas da tarde até meia-noite chorando dentro de uma sala sozinho, sem ninguém nem querer saber como eu estou. Vocês têm pais. Eles vão morrer um dia e as pessoas ao redor de vocês vão dar a vocês o mesmo consolo que vocês dedicaram a mim – diz uma das mensagens.
Em outra, Janones chama a equipe de “bando de desgraçados”.
Alguém da equipe responde dizendo que eles todos foram orientados a não falar com o parlamentar por mensagens, justificando o motivo de ninguém ter respondido a ele. Então, o deputado volta a comentar, humilhando seus assessores, e mandando enfiar a orientação no c*. As mensagens foram obtidas pelo Diário do Poder.
O Metrópoles conseguiu áudios com outras ofensas, a maioria contra seu primo, Mac Janones, que foi candidato a vereador na cidade de Ituiutaba, Minas Gerais, que estava trabalhando em sua campanha.
Janones diz que o primo tem interesse em se eleger “para roubar milhões em propina” e comemorar a eleição com prostitutas. Também reclama que o primo em questão não sabe trabalhar, assim como os demais funcionários.
– Eu não tô dando conta. Só tem débil mental do meu lado. Eles não sabem fazer nada. Esse povo vai me matar – diz trecho do áudio atribuído ao parlamentar.
Procurada, a assessoria de Janones disse que ele não irá se manifestar sobre as acusações.
As denúncias foram apresentadas pelos ex-funcionários Fabrício Ferreira e Cefas Luiz Paulino. Um trabalhou com Janones até 2021, e o outro até setembro de 2022.
PLENO.NEWS