Conversas trocadas pelo WhatsApp demonstram desconfiança por parte dos agentes de inteligência
Gonçalves Dias, ex-GSI Foto: Reprodução/YouTube TV Câmara Distrital
Mensagens trocadas pelo WhatsApp entre o então chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, e o chefe da Secretaria de Planejamento e Gestão da agência, Leonardo Singer, falam de uma possível ação da equipe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), chefiada por Gonçalves Dias, para facilitar a entrada de vândalos no Palácio do Planalto.
A hipótese levantada pelos chefes da Abin mostram preocupação com o ocorrido, Cunha e Singer temeram que a agência fosse questionada sobre o vandalismo cometido por parte dos manifestantes.
De acordo com a coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles, as mensagens particulares, trocadas momentos depois das invasões às sedes dos Três Poderes, mostram a hipótese de que a equipe de GDias agiu em favor dos vândalos.
Na conversa, Cunha pede que Singer faça um levantamento com todos os alertas enviados pela Abin ao GSI e outros órgãos, na véspera do 8 de janeiro.
Em resposta, Singer fala em conversar com GDias e levanta a hipótese do ataque ter sido facilitado.
– Precisamos agora apresentar aquele material ao GDias. E outra, de alguma maneira temos que dizer a ele que alguém(s) da equipe dele facilitou a entrada dos manifestantes nos recintos onde armamento estava armazenado. Não é fácil entrar e nem é fácil achar isso – disse.
E continua:
– Uma hipótese forte é coordenação entre gente do GSI e gente da manifestação. Claro, insinuar isso [ao GDias] com muita leveza e sabedoria, preservando os próprios c*s.
Saulo Cunha apenas concordou com o que o colega afirmou.
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