O chefe do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) na Síria foi morto nesta terça-feira (12) em um ataque de drone comandado pelos Estados Unidos, informou o Departamento de Defesa americano.
Maher al-Agal, um dos cinco líderes mais importantes do grupo, foi morto enquanto andava de motocicleta perto de Jindayris, no noroeste do país, e um de seus principais assessores ficou gravemente ferido, disse o porta-voz do Comando Central do Departamento de Defesa, tenente-coronel Dave Eastburn.
“Um planejamento extensivo foi feito para esta operação para garantir sua execução bem-sucedida. Uma revisão indica que não houve vítimas civis”, acrescentou o comunicado, dizendo ainda que o EI continua uma ameaça para os Estados Unidos e seus parceiros na região.
Al-Agal era responsável pelo desenvolvimento de redes do EI fora do Iraque e da Síria.
Os Estados Unidos têm cerca de 900 soldados na Síria, principalmente no leste do país, devastado por uma guerra civil que já dura uma década. O governo do presidente Joe Biden ainda não detalhou seu plano de longo prazo para a missão, na Síria há oito anos.
O assassinato seria outro golpe para os esforços do grupo militante para se reorganizar como uma força de guerrilha depois de perder grandes extensões de território. Em fevereiro, o principal líder do EI se explodiu durante um ataque militar dos EUA na Síria.
Um funcionário do governo dos EUA disse à agência de notícias Reuters que o líder do Estado Islâmico, ainda no início da operação americana, acionou uma bomba e morreu na explosão junto com alguns membros de sua família.
No auge de seu poder, entre 2014 e 2017, o Estado Islâmico governou milhões de pessoas e reivindicou a responsabilidade ou inspirou ataques em dezenas de cidades ao redor do mundo.
Seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, declarou um califado sobre um quarto do território do Iraque e da Síria em 2014, antes de ser morto em um ataque de forças especiais dos Estados Unidos no noroeste da Síria em 2019, momento a partir do qual o grupo terrorista entrou em colapso.
A coalizão liderada pelos Estados Unidos que combate o EI disse em meados de 2019, após a derrota do grupo no campo de batalha, que mantinha ativos de 14 mil a 18 mil membros, incluindo 3.000 estrangeiros, embora não se tenha certeza dos números precisos.
Analistas afirmam que muitos combatentes locais podem ter voltado à vida normal, prontos para reaparecer quando surgir uma oportunidade.
FOLHAPRESS