Estudo revela dados da transição de gênero em crianças e adolescentes
(Imagem ilustrativa) Foto: Freepik
De acordo com o Jornal da Associação Médica Americana (JAMA – sigla em inglês), entre os anos de 2016 e 2020 quase 3,7 mil menores de 18 anos se submeteram a cirurgias de transição de gênero nos Estados Unidos.
Os dados foram divulgados este mês em um estudo intitulado de “Estimativas nacionais de cirurgia de afirmação de gênero nos Estados”, falando da população de meninos e meninas com idades entre 12 e 18 anos que resolveram mudar seus sexos biológicos.
A pesquisa mostra que, em quatro anos, 3.678 menores passaram por procedimentos hormonais ou cirúrgicos. Parte desta população (11%) passou pela retirada de órgãos reprodutivos ou a construção de órgãos reprodutivos para se enquadrar esteticamente à nova identidade de gênero.
O número de crianças e adolescentes que passaram pelos procedimentos representa 7,7% do total de 48.019 pessoas que mudaram de sexo nos Estados Unidos no período estudado.
A maioria dos pacientes submetidos a tais procedimentos tinha entre 19 e 30 anos (52,3%), enquanto 21,8% tinham entre 31 e 40 anos. Cerca de 9,1% tinham entre 41 e 50 anos. Grupos significativamente menores de pacientes submetidos a cirurgias tinham idade entre 51-60 anos (6,2%), 61-70 anos (2,6%) ou mais de 70 anos (0,4%).
ESTADOS PROÍBEM MUDANÇA DE GÊNERO EM MENORES
O JAMA divulgou o estudo em um momento oportuno, pois nos Estados Unidos quase duas dúzias de estados já tomaram medidas para proibir que crianças e adolescentes sejam submetidos a estes tratamentos.
Alabama, Arizona, Arkansas, Flórida, Geórgia, Idaho, Indiana, Iowa, Kentucky, Louisiana, Mississippi , Missouri, Montana, Nebraska, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Oklahoma, Dakota do Sul, Tennessee, Texas, Utah e Virgínia Ocidental são alguns deles.
Na justificativa das proibições, os estados falam sobre os efeitos a longo prazo que o tratamento hormonal oferece e também na impossibilidade de reversão das cirurgias.
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