Julia Zanatta (PL-SC) acusou parlamentar do PCdoB de assédio
A bancada do PL pretende levar o caso para o Conselho de Ética da Câmara. | Foto: Reprodução
Parlamentares de esquerda estão acusando a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) de “fake news” a respeito da acusação de assédio feita por ela contra o também deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA).
De acordo com nota, a imagem que mostra o Jerry se aproximando por trás da deputada está descontextualizada e que, na verdade, ele estaria pedindo “respeito da parlamentar para a também deputada Lídice da Mata (PSB-BA)”.
O documento, assinado pela líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali, e outros seis deputados da sigla, afirma que o caso é “uma acusação leviana promovida por aqueles que marcam sua atuação política pela construção de inverdades”. E conclui apontando que serão tomadas “as medidas necessárias para a apuração das responsabilidades por mais essa inverdade.”
Durante a sessão da quarta-feira 12, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) reforçou o discurso de parlamentares da esquerda afirmando que o vídeo em que a Zanatta é importunada por Márcio Jerry está fora de contexto.
No vídeo também é possível ver os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendendo a parlamentar assediada.
Acusação de assédio
A deputada federal Júlia Zanatta acusou o também deputado Márcio Jerry de assédio. Ao final de uma sessão na Comissão de Segurança Pública, na terça-feira 11, Júlia estava discutindo com outros parlamentares quando Jerry chegou por trás dela, encostou o rosto em seu cabelo e falou algo. Nesse momento, Júlia se virou para o deputado para responder a provocação e tentar entender a situação.
Em declaração a Oeste, a deputada comentou o caso: “Repugnante um cara como esse se sentir livre dentro da Câmara dos Deputados para encostar em mim, me intimidando. Nojento e absurdo.”
Ela afirmou que “nem sabia qual o nome” de Márcio Jerry, que agiu fingindo intimidade que nem amigos possuem em uma atitude intimidadora e que pode ser entendida como assédio.
Zanatta é jornalista e advogada e uma das expoentes da bancada conservadora pelo PL de Santa Catarina. A deputada ainda se sente “paralisada no momento” para comentar a situação, mas declarou que “providências serão tomadas.”
A bancada do PL pretende levar o caso para o Conselho de Ética da Câmara.
REVISTA OESTE