Governo Lula optou por acabar com o Pecim, apesar dos bons resultados
Escola cívico-militar Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Em dezembro de 2022, o Ministério da Educação divulgou uma avaliação sobre o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim) com resultados positivos sobre a transformação de escolas regulares no modelo novo.
Uma pesquisa com cerca de 25 mil pessoas da comunidade escolar constatou que a violência física foi reduzida em 82%, a violência verbal diminuída em 75% e a violência patrimonial em 82%. A mesma pesquisa constatou que a evasão e o abandono escolar diminuíram em quase 80%. Outro dado positivo foi que 85% da comunidade respondeu satisfatoriamente ao ambiente escolar após a mudança para o modelo do Pecim.
Instituído em setembro de 2019, o Pecim passou a ser adotado em escolas públicas de ensino regular que possuíam baixo resultado no Ideb e que atendiam estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica.
Ao longo do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro, foram criadas 202 escolas cívico-militares, sendo 39 unidades localizadas na região Norte; 26 na região Sul; 37 escolas no Nordeste, 46 no Sudeste e 54 no Sul. Juntas, atendem a mais de 120 mil alunos.
O programa foi encerrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na quarta-feira (12), anunciando que as escolas serão transferidas, de forma progressiva, para o modelo regular de ensino.
Ao explicar um dos motivos para o fim do Pecim, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que os recursos investidos neste modelo escolar poderiam ser mobilizados em outra prioridade.
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