Vladimir Putin e Vladimir Potanin durante um encontro em 2005 Foto: EFE/EPA/ITAR-TASS POOL
Vladimir Potanin, o empresário mais rico da Rússia, alertou o presidente Vladimir Putin sobre o confisco de ativos de empresas que fugiram após a invasão da Ucrânia. Para ele, tal medida atrasaria o país em mais de 100 anos e levaria a Rússia de volta aos dias calamitosos da revolução bolchevique de 1917.
Vladimir Potanin é presidente da gigante de metais Norilsk Nickel e defende veementemente que não se feche as portas para empresas e investidores ocidentais.
– Em primeiro lugar, nos levaria de volta cem anos, até 1917, e as consequências de tal passo – desconfiança global da Rússia por parte dos investidores – experimentaríamos por muitas décadas – disse Potanin.
– Em segundo lugar, a decisão de muitas empresas de suspender as operações na Rússia é, eu diria, um tanto emocional por natureza e pode ter sido tomada como resultado de uma pressão sem precedentes da opinião pública no exterior. Provavelmente elas irão voltar e, pessoalmente, eu manteria essa oportunidade aberta – acrescentou, aconselhando o governo russo.
Na última quinta-feira (10), o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, disse ao presidente Vladimir Putin que o governo propôs colocar as empresas que deixaram a Rússia sob administração externa.
Putin disse que a Rússia permanecerá aberta para negócios e não pretende se fechar para aqueles que ainda querem fazer negócios.