Polícia Federal apreendeu quase 80 quilos de ouro Foto: Divulgação/PF
O empresário Dirceu Sobrinho disse que o ouro apreendido pela Polícia Federal na Rodovia Castelo Branco, no interior de São Paulo, na última quarta-feira (4), pertence à empresa dele, a FD Gold. Em vídeo encaminhado pela assessoria de imprensa do empresário, ele afirma que a carga, de cerca de 77 quilos, tem procedência legal.
– Todo ele [o ouro] foi comprado sob permissão de lavra garimpeira concedida, e não pertence à área indígena, não pertence a garimpos ilegais e nós trabalhamos na minha empresa e em outras empresas para melhorar a atividade garimpeira em todo o Brasil há muito tempo, inclusive buscando o respeito da sociedade brasileira – disse Sobrinho.
O empresário é filiado ao PSDB do Pará e concorreu à vaga de 1° suplente do ex-senador Flexa Ribeiro, quando o tucano voltou a se candidatar ao Senado em 2018 e não se elegeu. Sobrinho concluiu a mensagem em vídeo dizendo que suas empresas recolhem todos os tributos e encargos.
Apesar de fazer parte do PSDB, Sobrinho não tem ligações com o partido em São Paulo, onde ocorreu a apreensão. Apesar disso, ele se relaciona com a cúpula da PM paulista em razão da atividade empresarial. De acordo com o Estadão, ele recorre com frequência a policiais de folga ou licença para reforçar a escolta de carregamentos de ouro.
SOBRE O CASO
A Polícia Federal (PF) havia apreendido, na tarde da última quarta-feira (4), uma carga de 77 quilos de ouro na região de Sorocaba, São Paulo. O carregamento foi avaliado em R$ 23 milhões, de acordo com a corporação. Seis pessoas que participavam do transporte chegaram a ser detidas, entre elas, quatro policiais militares.
Na ocasião, a PF informou que fazia o monitoramento de um avião que havia pousado no Aeroporto Estadual de Sorocaba. Com o apoio da Polícia Militar Rodoviária, os agentes abordaram dois veículos no KM 74 da Rodovia Castello Branco, na praça de pedágio de Itu (SP), e encontraram três malas com barras de ouro.
Durante a ocorrência, quatro policiais militares foram detidos, entre eles, um tenente-coronel e um sargento da Casa Militar, órgão ligado diretamente ao governo do estado de São Paulo. Em razão do ocorrido, a Secretaria de Segurança Pública paulista afirmou que a corregedoria da PM acompanharia a investigação do caso.