Em reação a Lula, parlamentares falam em impeachment e teste de sanidade

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Presidente disse que plano do PCC para matar Sergio Moro foi armação do próprio senador

Senador Sergio Moro na quarta-feira 22 ao discursar sobre plano do PCC | Foto: Agência Senado

acusação do presidente Lula de que o plano do PCC para matar o senador Sergio Moro (União-PR) foi uma armação do próprio Moro repercutiu negativamente entre deputados e senadores. A declaração do petista foi feita na manhã desta quinta-feira, 23. Em postagens no Twitter, alguns parlamentares já falam em impeachment de Lula, pela conduta imprópria de atacar instituições, que se configura como crime de responsabilidade, passível de perda do cargo; outros sugerem desequilíbrio mental.

Para o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-procurador da Lava Jato, Lula atacou as instituições ao dizer que “é visível que foi uma armação de Moro”. A operação para impedir o atentado contra Moro foi deflagrada pela Polícia Federal com a participação de mais de 120 agentes em quatro Estados e no Distrito Federal.

Lula está “atacando as instituições e agindo de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo, o que configura crime de responsabilidade”, escreveu Dallagnol, citando o artigo 9º, VII, da Lei 1.079/50. “Lula ataca a credibilidade de seu Ministro da Justiça, dos presidentes da Câmara e do Senado, da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, do GAECO do MP/SP e da Justiça, como se fossem farsantes e mentirosos, em mais uma teoria da conspiração ‘lulesca’ que nega a realidade”.

Em outro tuíte da série publicada nesta tarde, o deputado paranaense afirma que “Lula está defendendo o PCC, como ‘vítima de uma armação’, contra os agentes da lei. Está negando o vínculo criminoso dos 9 presos, o imóvel alugado para monitorar a família, o mapeamento dos deslocamentos, o dinheiro e carro apreendidos e mais, como negava as provas da Lava Jato.”

O deputado Filipe Barros (PL-PR) também defendeu o impeachment de Lula por ter saído “em defesa do PCC” “Como eu disse ontem: PT e PCC são uma coisa só. Estamos vivendo um narco-governo. Impeachment, já.”

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) falou em falta de “equilíbrio emocional”. “O presidente da República demonstra que está lhe faltando o devido equilíbrio emocional para lidar com as responsabilidades do cargo que ocupa.”

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) considerou “inacreditável” a declaração do presidente. “Lula já não consegue discernir entre o que é realidade e o que é a sua narrativa inventada. Exame de sanidade cairia bem”, escreveu.

O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) disse que a fala de Lula foi “desastrosa e covarde” e que a Comissão de Segurança Pública da Câmara, da qual ele faz parte, busca mais informações sobre a operação da Polícia Federal para também “tomar providências sobre as declarações disparadas por Lula contra o parlamentar federal, que como juiz da Lava Jato o condenou por corrupção”.

O deputado Marcel van Hattem (Podemos-RS) escreveu: “Armação é você, Lula, que deveria estar cumprindo pena na cadeia em vez de ficar caçoando da vida de quem combateu o crime quando juiz e hoje é perseguido por criminosos de todo tipo!”

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