Em cadeia nacional, Lula usa o 7 de Setembro como campanha

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Apesar de tão relativizada pelo próprio Lula, a democracia foi bem explorada no pronunciamento

Lula Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o que deveria ser um pronunciamento do 7 de Setembro, em cadeia nacional de rádio e televisão, apenas para promover o seu governo. O petista pouco falou da proposta central do vídeo, e fez do que seria um discurso de celebração da Independência do Brasil um mero detalhe diante de uma nítida campanha política.

Lula abriu o pronunciamento dizendo que o país não cresce tanto desde 2010, e que isso se traduz em melhores salários. Segundo ele, comércio e indústria estão “contratando mais e mais trabalhadores”, numa visão muito particular da economia brasileira.

O petista buscou aumentar sua popularidade e chegou a mencionar o projeto de igualdade salarial entre homens e mulheres, que já foi sancionado, baixa na inflação e negociação de dívidas.

Lula também fez um aceno ao Legislativo ao mencionar o arcabouço fiscal. Segundo ele, a construção da nova regra teve ajuda do Congresso e possibilitará ao país “crescer com responsabilidade”.

Jair Bolsonaro não poderia ficar de fora. O presidente fez um contraponto a seu antecessor, mas sem citá-lo nominalmente. Disse que o feriado de 7 de Setembro “não será de ódio nem de medo”, mas de união. Segundo o atual presidente da República, “o entendimento voltou a ser a palavra de ordem”.

Além disso, o petista fez uma defesa das “empresas estratégicas” para o país. Disse que soberania vai além de proteger fronteiras e inclui essas organizações, além de bancos públicos, agricultura, indústria e recursos minerais.

O presidente da República afirmou que povo soberano é povo sem fome, e que a democracia é fundamental para que todos possam realizar esses sonhos.

Foram mais de sete minutos de pronunciamento em que o motivo do vídeo foi, praticamente, ignorado: o Dia da Independência do Brasil. E apesar de constantemente relativizada pelo próprio Lula, a democracia foi bem explorada no texto.

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