Duas mulheres são vítimas de estupro coletivo no carnaval de Salvador

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A Polícia Civil investiga os crimes. O governador da Bahia afirmou que está dando apoio às vítimas e aos familiares delas

A Polícia Civil investiga os crimes -  (crédito: Caio Gomez/CB).A Polícia Civil investiga os crimes – (crédito: Caio Gomez/CB)

Duas mulheres denunciaram terem sido vítimas de estupro coletivo durante o carnaval de Salvador. O primeiro caso ocorreu na sexta-feira (9/2), no Circuito Dodô (Barra-Ondina). A vítima foi estuprada por sete homens. Já o segundo caso foi registrado no domingo (11/2), na rua Baependi. A Polícia Civil investiga os crimes. Ainda não há informações sobre os autores dos crimes.

Em entrevista coletiva, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou que o governo está dando apoio às vítimas e às familiares delas. “A Polícia Civil está nas investigações ouvindo, pegando as câmeras de segurança possíveis no circuito. Este último evento de estupro não foi dentro do circuito, aconteceu na saída para que a pessoa acessasse meios de transporte para ir para casa. Estamos buscando informações para nos ajudar a buscar esses autores e também nos solidarizamos com as famílias das vítimas”, disse o governador.

A professora da Universidade Federal da Bahia, Bárbara Carine, comentou sobre os casos e disse que a violência contra mulheres é uma questão social, e não específica do carnaval. A pesquisadora citou dados do Ministério da Saúde, de agosto do ano passado, que apontam que ocorrem 10 estupros coletivos por dia no Brasil.

“Geralmente a gente associa a festas, a condições de guerra, mas são situações cotidianas. Convivemos com várias estupradores diariamente no nosso país. E eles fazem isso não porque são doentes, a patologia é social, e não individual. Porque sete pessoas se juntaram para estuprar uma mulher e nenhuma delas disse: ‘Acho que isso aqui está errado’. Eles se sentem autorizados, legitimados e têm senso de impunidade. Estamos falando de uma cultura de estupro, da naturalização da violência contra mulher”, acrescentou Bárbara.

CORREIO BRAZILIENSE

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