A dívida bruta considera as contas do governo federal, INSS, governos estaduais e municipais
Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (6). (Foto: Raphael Ribeiro/BCB).
Mael Vale
A dívida bruta do Brasil atingiu 75,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em março, o equivalente a R$ 8,3 trilhões. Esse é o maior patamar desde abril de 2022 (76,33%).
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC).
No mesmo mês, as contas do setor público consolidado registraram um saldo positivo de R$ 1,2 bilhão. O superávit primário indica que as receitas foram maiores do que as despesas, sem considerar os juros da dívida pública.
Apesar disso, o setor público acumula um déficit de R$ 252,9 bilhões nos últimos doze meses, representando 2,29% do PIB.
No entanto, essa cifra é 0,15 ponto percentual inferior ao déficit acumulado até fevereiro deste ano, indicando esforços para equilibrar as finanças públicas.
A dívida bruta considera as contas do governo federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), governos estaduais e municipais.
O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), devido a pandemia de Covid-19. O melhor momento foi em dezembro de 2013 (51,5%) do PIB.
Já a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), por sua vez, subiu para 61,1 % do PIB em março, ante 60,9% em fevereiro, e atingiu R$ 6,741 trilhões.
A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque considera as reservas internacionais do Brasil.