Governadora petista comanda mais de 8,3 mil policiais, mas crê no reforço de 190 da Força Nacional
Davi Soares
Vivendo a segunda onda de ataques de uma facção criminosa que aterroriza a população da capital e do interior do Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT) desembarcou na madrugada de hoje (15) trazendo de Brasília sua gratidão ao ministro da Justiça Flávio Dino, por ter obtido um “reforço” de 190 agentes da Força Nacional. Efetivo que é equivalente a 2,3% do total da tropa de 8,3 mil da Polícia Militar de seu estado.
“Acabamos de desembarcar na Base Aérea, em Parnamirim, trazendo os primeiros agentes da Força de Segurança Nacional. Já está acertado que serão 190 policiais se somando ao efetivo de segurança estadual”, disse a governadora petista, agradecendo pela “sensibilidade e agilidade” do ministro ao atender seu pleito.
Os ataques a tiros e a fogo que seguem amedrontando os potiguares com a ousadia de alvejar batalhões de polícia e fórum de Justiça são motivados por cobrança de criminosos por regalias como televisão e visita íntima em presídios. Após a segunda noite de terror, Natal e Mossoró suspenderam as aulas e atendimentos em unidades de saúde.
A reação de Dino repete sua confiança nos “gatos pingados” da Força Nacional que já superestimou ao fracassar na proteção aos poderes da República no Distrito Federal, em 8 de janeiro. Mas o ministro alega que haverá outras ações que estariam sendo providenciadas e posteriormente serão anunciadas.
Nesta quarta-feira (15), quando chegaram os primeiros 100 policiais da Força Nacional e 30 viaturas, o Rio Grande do Norte teve a segunda onda de ataques na capital, Natal, e em ao menos outras cinco cidades. Até a manhã de hoje, o balanço das forças de segurança do RN informou que 28 suspeitos foram presos desde o início dos ataques, um morto e dois feridos.
As forças de segurança divulgaram que foi morto, em confronto na Paraíba, o suspeito de ser responsável por distribuir armas e dinheiro para grupo que fez os ataques no RN. José Wilson da Silva Filho, 29, foi cercado no bairro de Paratibe, em João Pessoa, e após ser baleado foi socorrido e morreu em hospital da capital paraibana.
DIÁRIO DO PODER