Novo Triunfo (BA), no sertão baiano, o município mais pobre do Brasil
Hoje, através de manifesto do prefeito da cidade baiana de Xique-Xique, Ronaldinho, começamos a enxergar com mais clareza a situação de profundo desespero da grande maioria dos prefeitos do interior nordestino, prejudicados por bruscos cortes de suas receitas, principalmente vantagens asseguradas através do Fundo de Participação dos Municípios, a eterna mola de salvaguarda de pelo menos 80% dos nossos municípios.
O presidente atual, sem ao menos justificar sua atitude, resolveu cortar a parte mais gorda da receita desses municípios, sendo, por isso mesmo, o algoz daqueles que praticamente o elegeram. Pior, o gesto petista atingiu a todos em homérica surpresa, ao ponto de deixá-los atônitos e desesperados.
Hoje, avançam as situações emergenciais e a demora desses municípios em saldar suas obrigações, começam a criar situações embaraçosas, principalmente para seus gestores, causando até demissões de parte dos seus funcionários, vez que já começou a faltar o recurso que vinha custeando suas folhas de pagamento.
A situação, então, é extremamente angustiante e não notamos iniciativas capazes de mudar esse panorama catastrófico. Carecemos, então, com extrema rapidez, que sejam desfeitas as medidas que castraram boa parte das receitas municipais, para que o país não acumule mais prejuízos. Um país rico não pode ser constituído com cidades pobres. A saúde financeira das cidades elevam a capacidade de uma nação, é o que ouvimos sempre.
Até mesmos os municípios com capacidade de manter suas despesas, começam a sentir, aqui e ali, situações que dificultam seus administradores.
Necessário se faz, então, que o nosso presidente trabalhe mais e fale menos, passando a adotar medidas capazes de dar um basta na situação que ele mesmo patrocinou: empobrecer aceleradamente às comunas que na prática o elegeram.
Itapuan Cunha
Editor.