Dados do IBGE também apontam um aumento na taxa de informalidade, que alcançou 39% da população ocupada
Natallie Valleijo
A taxa de desemprego no Brasil subiu para 8,8% no primeiro trimestre de 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o menor resultado para o trimestre desde 2015, quando fechou em 8%.
Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre outubro e dezembro, o período traz aumento de 0,9 ponto percentual (7,9%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 11,1%.
Em números absolutos, a população desempregada bateu 9,4 milhões de pessoas, o que representa um aumento de 10,0% (mais 860 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e um recuo de 21,1% (menos 2,5 milhões de pessoas) nos últimos 12 meses.
Já o total de pessoas ocupadas teve um recuo de 1,6% contra o trimestre anterior, passando para 97,8 milhões de brasileiros. Deixaram o grupo cerca de 1,5 milhão. Na comparação anual, houve crescimento de 2,7%.
De acordo com o levantamento, o número de trabalhadores CLT no setor privado manteve estabilidade no trimestre. Portanto, a queda nos níveis de ocupação deve ser atribuída à redução do número de trabalhadores sem carteira no setor público (-7%) e privado (-3,2%).
Entre os setores, Serviços (-4,3%), Administração Pública (-2,4%), Agricultura (-2,4%), Construção (-2,9%) e Comércio (-1,5%) apresentaram as quedas mais expressivas no total de trabalhadores sem carteira. Além disso, o total de trabalhadores por conta própria com CNPJ teve queda de 8,1% (o que representa menos 559 mil pessoas).
Também houve um aumento na taxa de informalidade, que alcançou 39% da população ocupada, o que equivale a 38,1 milhões de trabalhadores informais no país. No trimestre anterior, a taxa era de 38,8%, mas estava em 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.
DIÁRIO DO PODER