Um grupo de deputados criticou o agendamento da votação que pode descriminalizar o porte de drogas para a próxima quarta-feira (06), no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na visão do deputado Sargento Gonçalves (PL-RN), o “judiciário não pode exercer o papel do Legislativo”. O parlamentar completou: “estamos acompanhando com muita preocupação essa votação no Supremo. É importante destacar que o Judiciário não pode exercer o papel do Legislativo, e este assunto é um papel que cabe a nós decidirmos”, disse Gonçalves.
Já o deputado Coronel Telhada (PP-SP) considera que o Supremo precisa respeitar a vontade da população brasileira, que é contra as drogas. O deputado afirma que a votação pode ‘legalizar’ “o tráfico em pequenas quantidades, o que popularmente chamam de ‘aviãozinho’. Jamais poderemos admitir isso”, declarou telhada.
Quem também criticou a ‘face legisladora’ do Supremo foi o deputado Rodrigo Valadares (União-SE). “Esperamos que o STF recue na questão dessa votação, pois já deve ser votada essa semana no Senado uma matéria sobre esse tema. Esse assunto cabe a nós legislarmos, e não o Supremo”, afirmou Valadares.
O deputado Sargento Portugal (Podemos-RJ) destacou que as polícias ‘enxugam gelo’ ao combater o tráfico de drogas. E completou: “com essa descriminalização, nossos policiais ficarão reféns da interpretação de terceiros para saber se o indivíduo que estava com drogas estava traficando ou apenas portando”, disse Portugal.