Assessor de José Guimarães foi flagrado em 2005 com 100 mil dólares na cueca
Uma das figuras a aparecer perto do ex-presidente Lula (PT) na noite deste domingo (30), durante o discurso feito por ele após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, foi o deputado federal José Guimarães (PT-CE). Na Câmara desde 2007, o parlamentar é protagonista de um dos escândalos mais famosos ocorridos durante os governos petistas.
Em 2005, quando o esquema do mensalão começou a ser descoberto, o chefe de gabinete de Guimarães, José Adalberto Vieira, foi preso no embarque do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 100 mil dólares (R$ 530 mil na cotação atual) escondidos na cueca enquanto aguardava um voo para Fortaleza, capital do Ceará.
Além da quantia escondida na roupa íntima, o assessor tinha mais R$ 209 mil em uma mala de mão. Após a repercussão do caso, José Genoíno, irmão de Guimarães, deixou a direção do PT.
Por conta do caso, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou uma denúncia na qual associava o dinheiro ao pagamento de propina em contratos do consórcio Sistema de Transmissão do Nordeste e do Banco do Nordeste. No entanto, em agosto de 2021, o caso prescreveu sem que ficasse provada a participação de Guimarães.
O processo sobre o caso tramitava na Justiça Federal do Ceará, porque o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, declarou incompetência da Corte para julgar o assunto. Em 2012, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já havia inocentado Guimarães.
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